sábado, 14 de agosto de 2010

A Tecnocracia é Autista

Já ouvi falar que os autistas são bons em matemática e raciocínio lógico-abstrato. Serão mesmo? O filme O Cubo (semi-clássico) parte dessa premissa. Um grupo se vê aprisionado numa armadilha mortal. Só é possível escapar se compreenderem a estrutura matemática dela. Como envolve contas complicadas, é difícil pra chuchu. Só uma pessoa sobrevive. Um autista (perdão, mentally handicapped). Logo, o mentally handicapped passaria tranqüilo para o vestibular de Física da UFRJ ou para um concurso público do Banco Central. A prova e o filme estão em sintonia. Ela só pode ser explicada por causa da manifestação do espírito absoluto na história. (Forrest Gump é outra manifestação. Se bem que o cara não é um autista. É retardado mesmo. Mas o sucesso do personagem (e do filme) também é sinal dos tempos, da robotização das mentes, do embotamento do espírito e do encolhimento do raciocínio crítico. É limitante porque o tecnocrata só foca a área na qual foi adestrado, e perigoso porque torna-se inconsequente, negligenciando toda a dinamica dos processos.
Tecnocratas dada a suas limitações críticas e intelectuais, tem a sua utilidade incontestável como instrumentos, mas jamais deveriam ser alçados a lideranças mais amplas.
A simples absorção é relativa, não basta, porque as pessoas não compreendem o que lêem. A leitura induz a processar o conceito. Se ao ler você não entende o que alguém está dizendo e se não exerce a crítica diante do que lhe esta sendo dado, não apreende e passa a ser apenas um escravo da informação.
Ler , seja o que for, é sempre bom. O mercado, no entanto, usa tais artimanhas e o leitor não passa para a etapa seguinte. Fica naquela fase dos livros insignificantes, superficiais, medíocres, que não o comprometem com seu destino humano.

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