segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Medicina faz mal à saúde

O Médico Vernon Coleman diz que os hospitais mais matam do que curam e que é preciso ser muito saudável para sobreviver a um deles.

Um selo colado na testa advertindo sobre os perigos que podem causar à saúde. Se dependesse do inglês Vernon Coleman, esse seria o uniforme ideal dos médicos. Dono de um diploma em medicina e um doutorado em ciências, Coleman abandonou a carreira após dez anos de trabalho para ganhar a vida escrevendo livros com títulos sugestivos do tipo Como Impedir o seu Médico de o Matar.

Autor de 95 livros, o inglês é um auto-intitulado defensor dos direitos dos pacientes. Em seus textos, publicados nos principais jornais do Reino Unido, costuma atacar a indústria farmacêutica – para ele, a grande financiadora da decadência – e, principalmente, os médicos que recusam tratamentos que excluam a utilização de remédios e cirurgias. Dono de opiniões polêmicas, Coleman ainda afirma que 90% das doenças poderiam ser curadas sem a ajuda de qualquer droga e que quanto mais a tecnologia se desenvolve, pior fica a qualidade dos diagnósticos.

Como um médico deve se comportar para oferecer o melhor tratamento possível a seu paciente?
Os médicos deveriam ver seus pacientes como membros da família. Infelizmente, isso não acontece. Eles olham os pacientes e pensam o quão rápido podem se livrar deles, ou como fazer mais dinheiro com aquele caso. Prescrevem remédios desnecessários e fazem cirurgias dispensáveis. Ao lado do câncer e dos problemas de coração, os médicos estão entre os três maiores causadores de mortes atualmente. Os pacientes deveriam aprender a ser céticos com essa profissão. E os governos, obrigá-los a usar um selo na testa dizendo "Atenção: este médico pode fazer mal para sua saúde".

Qual a instrução que pacientes recebem sobre os riscos dos tratamentos?
A maior parte das pessoas desconhece a existência de efeitos colaterais. E grande parte dos médicos não conhece os problemas que os remédios podem causar. Desde os anos 70 eu venho defendendo a introdução de um sistema internacional de monitoramento de medicamentos, para que os médicos sejam informados quando seus companheiros de outros países detectarem problemas. Espantosamente, esse sistema não existe. Se você imagina que, quando uma droga é retirada do mercado em um país, outros tomam ações parecidas, está errado. Um remédio que foi proibido nos Estados Unidos e na França demorou mais de cinco anos para sair de circulação no Reino Unido. Somente quando os pacientes souberem do lado ruim dos remédios é que poderão tomar decisões racionais sobre utilizá-los ou não em seus tratamentos.

Você considera que os médicos são bem informados a respeito dos remédios que receitam a seus pacientes?
A maior parte das informações que eles recebem vem da companhia que vende o produto, que obviamente está interessada em promover virtudes e esconder defeitos. Como resultado dessa ignorância, quatro de cada dez pacientes que recebem uma receita sofrem efeitos colaterais sensíveis, severos ou até letais. Creio que uma das principais razões para a epidemia internacional de doenças induzidas por remédios é a ganância das grandes empresas farmacêuticas. Elas fazem fortunas fabricando e vendendo remédios, com margens de lucro que deixam a indústria bélica internacional parecendo caridade de igreja.

E o que os pacientes deveriam fazer? Enfrentar doenças sem tomar remédios?
É perfeitamente possível vencer problemas de saúde sem utilizar remédios. Cerca de 90% das doenças melhoram sem tratamento, apenas por meio do processo natural de autocura do corpo. Problemas no coração podem ser tratados (não apenas prevenidos) com uma combinação de dieta, exercícios e controle do estresse. São técnicas que precisam do acompanhamento de um médico. Mas não de remédios.

Receber remédios não é o que os pacientes querem quando vão ao médico?
É verdade que muitos pacientes esperam receber medicamentos. Isso acontece porque eles têm falsas idéias sobre a eficiência e a segurança das drogas. É muito mais fácil terminar uma consulta entregando uma receita, mas isso não quer dizer que é a coisa certa a ser feita. Os médicos deveriam educar os pacientes e prescrever medicamentos apenas quando eles são essenciais, úteis e capazes de fazer mais bem do que mal.

Que problemas os remédios causam?
Sonolência, enjôos, dores de cabeça, problemas de pele, indigestão, confusão, alucinações, tremores, desmaios, depressão, chiados no ouvido e disfunções sexuais como frigidez e impotência.

Em um artigo, você cita três greves de médicos (em Israel, em 1973, e na Colômbia e em Los Angeles, em 1976) e diz que elas causaram redução na taxa de mortalidade. Como a ausência de médicos pode diminuir o risco à vida?
Hospitais não são bons lugares para os pacientes. É preciso estar muito saudável para sobreviver a um deles. Se os médicos não matarem o doente com remédios e cirurgias desnecessárias, uma infecção o fará. Sempre que os médicos entram em greve as taxas de mortalidade caem. Isso diz tudo.

Muitas pessoas optam por terapias alternativas. Esse é um bom caminho?
Em diversas partes do mundo, cada vez mais gente procura práticas alternativas em vez de médicos ortodoxos. De certa maneira, isso quer dizer que a medicina alternativa está se tornando a nova ortodoxia. O problema é que, por causa da recusa das autoridades em cooperar com essas técnicas, muitas vezes é possível trabalhar como terapeuta complementar sem ter o treinamento adequado. Medicina alternativa não é necessariamente melhor ou pior que a medicina ortodoxa. O melhor remédio é aquele que funciona para o paciente.

Em um de seus livros, você afirma que a tecnologia piorou a qualidade dos diagnósticos. A lógica não diz que deveria ter acontecido o contrário?
Testes são freqüentemente incorretos, mas os médicos aprenderam a acreditar nas máquinas. Quando eu era um jovem doutor, na década de 70, os médicos mais velhos apostavam na própria intuição. Conheci alguns que não sabiam nada sobre exames laboratoriais ou aparelhos de raio X e mesmo assim faziam diagnósticos perfeitos. Hoje, os médicos se baseiam em máquinas e testes sofisticados e cometem muito mais erros que antigamente.

Você faz ferrenha oposição aos testes médicos realizados com animais em laboratórios. De que outra maneira novas drogas poderiam ser desenvolvidas?
Faz muito mais sentido testar novas drogas em pedaços de tecidos humanos que num rato. Os resultados são mais confiáveis. Mas a indústria não gosta desses testes porque muitos medicamentos potencialmente perigosos para o homem seriam jogados fora e nunca poderiam ser comercializados. Qual o sentido de testar em animais? Existe uma lista de produtos que causam câncer nos bichos, mas são vendidos normalmente para o uso humano. Só as empresas farmacêuticas ganham com um sistema como esse.

O que você faz para cuidar da saúde?
Eu raramente tomo remédios. Para me manter saudável, evito comer carne, não fumo, tento não ficar acima do peso e faço exercícios físicos leves. Para proteger minha pressão, desligo a televisão quando médicos aparecem na tela apresentando uma nova e maravilhosa droga contra depressão, câncer ou artrite que tem cura garantida, é absolutamente segura e não tem efeitos colaterais.

Vernon Coleman
• Tem 57 anos
• Gosta de escrever livros de ficção e já publicou 12 romances
• Divide seu tempo entre o interior da Inglaterra e uma cobertura no centro de Paris

sábado, 28 de novembro de 2009

O Parlamento Sueco



Parlamento sueco dá exemplo de transparência
A casa preserva a tradição de liberdade absoluta de informação. Qualquer cidadão tem acesso aos gastos dos parlamentares, até seus extratos bancários estão disponíveis na internet.

Cercado de água: assim é o parlamento sueco, localizado em uma das muitas ilhas que formam a cidade de Estocolmo. Mas essa geografia não impede os caminhos da democracia.

Desde 1766, a casa preserva a tradição de liberdade absoluta de informação. Qualquer cidadão tem acesso aos gastos dos parlamentares. A chefe do controle acredita que uma pessoa pública não tem o direito de esconder nada dos eleitores. Por isso, até os extratos bancários dos parlamentares estão disponíveis na internet.

A transparência não tira o mérito da imprensa. “Temos outros tipos de escândalos”, ele explica. “Por exemplo, o caso de uma deputada que pregava o uso de transporte público e de bicicleta para proteger o meio-ambiente e que, no entanto, usava mais táxi do que qualquer cidadão comum. O escândalo impediu a reeleição dela”.

Cada um dos 349 deputados suecos possui um gabinete para trabalhar dentro do parlamento, mas eles não têm seus próprios funcionários. Todos os assessores parlamentares trabalham para os partidos. E os deputados contam com o apoio desses assessores, no máximo, 30 por legenda. E o mais importante: não há um caso sequer de nepotismo. Apesar de não existir uma lei que proíba, nenhum deputado sueco emprega parentes no parlamento.

“Não preciso mais do que isso para trabalhar” diz o parlamentar, orgulhoso de seu gabinete de apenas 22 metros quadrados. Ele conta que recebe um salário equivalente a R$ 12 mil por mês. Além disso, despesas comprovadamente ligadas ao exercício do mandato são reembolsadas, inclusive passagens de trem ou avião para os municípios de origem. Mas só os parlamentares têm esse direito, parentes, não.

Os deputados do interior, inclusive os que são ministros de Estado, moram em apartamentos funcionais com 50 metros quadrados. A própria sala serve de quarto. “A gente está aqui para trabalhar”, explica o inquilino. “A kitinete é apenas para dormir de segunda à sexta. Os fins de semana passamos com a família”. Segundo ele, quem quiser trazer os parentes, deve pagar pela hospedagem. Vida dura essa de deputado? Na Suécia, ninguém reclama.

Os paises da escandinavia são os raros exemplos mundiais no qual a democracia evoluiu para uma "aristocracia social". Atualmente esses paises são o ápice da civilização.
Jamais seremos como eles, porque a intelligentsia brasileira se ufana pelo oba-oba, pelo esquindô-esquindô e pelo balacobaco.

Thanksgiving Day

O Dia de Ação de Graças (Thanksgiving Day) é um feriado celebrado nos Estados Unidos e Canadá, na terceira semana de novembro.
Em Nova York a loja de departamentos Macys realiza anualmente uma parada de balões entre a Times Square, a 7th Ave e a 42nd Street no Central Park South que reúne milhares de visitantes e que entrou para o calendário como um dos mais tradicionais eventos da cidade, este ano em sua 83ª edição.













terça-feira, 17 de novembro de 2009

Dragão Imperial


Na heráldica, a figura de animais sempre foi usada para representar locais, povoa e casas reais, assim a Inglaterra é simbolizada pelo Leão Rampante; a Escócia pelo Unicórnio; Áustria e Rússia por uma Águia Bicéfala etc.

O Brasil através de Pedro I adotou como animal representativo o Dragão. Em 1826 o imperador cria uma condecoração a que dará o seu nome, a "Ordem de D. Pedro I, Fundador do Império do Brasil" em cuja insígnia figura um dragão de ouro, olhando para a esquerda, com asas semi-abertas, levando sobre o peito um escudete de verde com as letras P.I em negro. Mas não é tudo. A observação dos minuciosos retratos a óleo dos imperadores D. Pedro I (1822-1831) e D. Pedro II (1831-1889) em trajes de coroação, de autoria do pintor Pedro Américo, existentes no Museu Imperial de Petrópolis mostra-nos ser o dragão dourado um símbolo estatal brasileiro: Remata o gigantesco cetro imperial; destaca-se no espaldar do trono e distingui-se entre os bordados do manto imperial.

No próprio frontão da fachada principal deste Museu, outrora um Palácio Imperial de Verão, figura o brasão imperial protegido por dois dragões. Não tendo a república brasileira conservado o dragão entre os símbolos da soberania nacional poderá dizer-se que pelo menos até a sua proclamação, em 1889, foi o animal fabuloso, adotado meio milênio antes por D. João I de Portugal, e no entanto esquecido nas terras portuguesas.







quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Orania - O Quilombo Loiro


Ação Afirmativa
A meio caminho entre Johannesburgo e a Cidade do Cabo, a 210 km de Bloemfontein, um experimento social gera admiração e polêmica. Bem-vindo a Orania, uma comunidade de cerca de mil habitantes descendentes de colonizadores holandeses que chegaram à Africa do Sul no século 17, os bôeres. Suas ruas calmas, casinhas com terraço, plantações de trigo e crianças loirinhas a brincar dão o ar de uma utopia branca em pleno continente negro. O Rio Orange, ali perto, é ótimo para canoagem e as redondezas montanhosas convidam para o trekking.

Orania, fundado em 1991, tem sua bandeira, sua moeda, o ora e seu status de região autônoma garantidos pela Constituição sul-africana."Volta do Apartheid", "Racismo", atacam os críticos, lembrando que ali só podem morar bôeres (nenhum negro portanto). "Preservação cultural", respondem seus milhares de defensores, muitos na Europa contribuindo financeiramente com a comunidade. E não são apenas brancos os que torcem por Orania. O próprio presidente sul-africano, Jacob Zuma, um zulu, já elogiou o modelo economicamente sustentável do local.


Questões Raciais

O sociólogo Cornel West num livro descreveu como a situação do negro pobre nos EUA piorou enormemente depois das políticas de promoção identitária dos anos 70, e ele não tem nenhuma esperança de que melhore sem que haja uma abordagem "pós-racial". Sua pesquisa é baseada em dados empíricos, comparando a situação das Black Communities entre os anos 30 e 50, e no que elas se transformaram a partir dos anos 70, que coincidiu com a enxurrada dos "Black Studies" nas universidades e de toda a baboseira pseudo-acadêmica.
É certo que em muitos estados negros não podiam votar até 1965, mas os índices de crime e violência nas comunidades negras era quase inexistente, enquanto que nas inner cities se tornou praticamente impossível aos negros constituírem família, criar filhos, etc. sem que se reproduzisse o ciclo de violência doméstica, uso de drogas e banalização do assassinato e da prostituição, usualmente exaltados em marcadores culturais, como o rap e o hip-hop. Como compensação, se reproduz a idéia de que "antigamente era muito pior", que se tornou um lugar comum que desculpa os horrores de hoje, mas que Cornell West desmonta em seu livro, mostrando que o buraco está mais embaixo.
No seu livro ("Race Matters"), West conta que a ficha caiu quando, com 20 anos sendo professor em Princeton, estava indo fazer uma palestra em Nova York e teve que ir de Metrô da Penn Station até o auditório no Bronx, e chegou atrasado porque, ficando 40 minutos parado na rua, nenhum táxi parou para ele.

PS. Cornel West é negro e socialista.

domingo, 1 de novembro de 2009

Mary and Max


Sinopse: É o conto (ou, de acordo com o próprio filme, "baseado em uma história real") de dois personagens bastante distintos que passam a se corresponder por cartas e formar uma amizade. Mary é uma garotinha de 8 anos que não possui amigos e é vítima de "bully" na escola. E Max é um homem obeso de 44 anos que sofre de síndrome de Asperger e também não possui amigos. A história gira em torno de suas cartas e das consequências que elas causam.
Titulo Original: Mary and Max
Gênero: Animação Comédia Drama
Direção e Roteiro: Adam Elliot
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