sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Bandeirantes e "Paulistanismo"




Segundo o jornalista Leonardo Sakamoto do site UOL, o “paulistanismo” - o nacionalismo paulista - funciona como uma espécie de seita radical para os seus adeptos. Mesmo as pessoas mais calmas viram feras, libertando uma fúria bandeirante que parecia, historicamente, reprimida dentro do peito. Bamdeirantes é como são chamados aquele pessoal que vira de nome de avenida, escola, praça, escultura, Palácio de Governo. Seus heróis são Domingos Jorge Velho, Antônio Raposo Tavares, Fernão Dias Paes Leme, Manuel Preto, Bartolomeu Bueno. Sakamoto afirma que o fato de São Paulo ter escolhido os bandeirantes como heróis diz muito sobre o caráter do estado.

Segundo a historiografia mais atual, os Bandeirantes estavam longe de ser heróis

Assemelhavam-se mais a uma gangue de marginais terroristas, traficantes, assassinos e genocidas. Treinados para destruir, saquear, matar e estuprar tudo o que encontravam pelo caminho. Verdadeiras bestas cruéis que exterminavam vilas, aldeias e tribos inteiras.

Segundo o livro "A Capital da Solidão", de Roberto Pompeu de Toledo, para todos os colonos espanhóis, jesuítas e indígenas, os bandeirantes eram um verdadeiro terror, temidos e odiados.

A expansão das fronteiras do Brasil foi nada mais que uma consequência, mas nunca o objetivo deles, já que nem a coroa portuguesa tinha como controlá-los. Eles não tinham nenhum tipo de ideal. O que os movia era pura e simplesmente o tráfico de índios, a predação, a expoliação e o mercenarismo.

A pictografia oficial os retrata como sóbrios e distintos senhores de barba, cabelos e olhos claros, ocorre que na realidade eles mais se assemelhavam a maltrapilhos miscigenados com índios, já que seus filhos eram frutos de estupros de índias. A maioria sequer falava português e sim um dialeto pidge.

Uma pictografia mais fiel seria ilustrá-los como os "Orcs" do filme "O Senhor dos Anéis"

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