O sociólogo Cornel West num livro descreveu como a situação do negro pobre nos EUA piorou enormemente depois das políticas de promoção identitária dos anos 70, e ele não tem nenhuma esperança de que melhore sem que haja uma abordagem "pós-racial". Sua pesquisa é baseada em dados empíricos, comparando a situação das Black Communities entre os anos 30 e 50, e no que elas se transformaram a partir dos anos 70, que coincidiu com a enxurrada dos "Black Studies" nas universidades e de toda a baboseira pseudo-acadêmica.
É certo que em muitos estados negros não podiam votar até 1965, mas os índices de crime e violência nas comunidades negras era quase inexistente, enquanto que nas inner cities se tornou praticamente impossível aos negros constituírem família, criar filhos, etc. sem que se reproduzisse o ciclo de violência doméstica, uso de drogas e banalização do assassinato e da prostituição, usualmente exaltados em marcadores culturais, como o rap e o hip-hop. Como compensação, se reproduz a idéia de que "antigamente era muito pior", que se tornou um lugar comum que desculpa os horrores de hoje, mas que Cornell West desmonta em seu livro, mostrando que o buraco está mais embaixo.
No seu livro ("Race Matters"), West conta que a ficha caiu quando, com 20 anos sendo professor em Princeton, estava indo fazer uma palestra em Nova York e teve que ir de Metrô da Penn Station até o auditório no Bronx, e chegou atrasado porque, ficando 40 minutos parado na rua, nenhum táxi parou para ele.
PS. Cornel West é negro e socialista.
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