segunda-feira, 19 de abril de 2010

O Fluminense é o maior arrecadador de tributos federais


Rio de Janeiro gera maior arrecadação de impostos que os outros estados
Arrecadação de tributos recolhidos pela Receita Federal no Rio por cada habitante é a maior entre os estados e supera até a mordida do Leão no bolso dos paulistas, apesar das mesmas alíquotas.

Rio – Para manter os três poderes da União, realizar obras, prestar serviços como educação e saúde e compor os fundos dos estados e municípios, é do cidadão fluminense que o governo federal recolhe maior valor em tributos. A arrecadação federal por habitante no estado é superior até do que a da unidade da federação mais populosa e rica, que é São Paulo. A distorção também ocorre no Imposto de Renda recolhido sobre salário na fonte: enquanto no Rio foi de R$ 514,32 per capta, no vizinho ficou em R$ 432,63.

Cariocas e fluminenses não pagam mais impostos que os paulistas apenas no salário. A economia do estado como um todo sofre o peso de maior tributação por habitante. No ano passado, a Receita Federal recolheu no Rio cerca de R$ 83,9 bilhões, o que resulta em R$ 5.240,00 por habitante. Já de São Paulo foram para os cofres federais R$ 201,6 bilhões, ou seja, a contribuição por paulista foi de apenas R$ 4.872,66.

Se incluirmos receitas federais não administradas pela Receita, como depósitos judiciais, a discrepância é ainda maior: R$ 6.368,61 contra R$ 4.933,09, uma diferença de 29% a mais na conta do Rio. Nos cálculos não entraram contribuições para o INSS.

Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), o peso dos tributos federais no Rio também não tem paralelo com outro estado. Em 2007, último balanço do índice, a contribuição fluminense foi de 31,78%, contra 21,07% dos paulistas. Só o Distrito Federal ficou acima: 41%.

Para o pesquisador do Instituto de Economia Aplicada (Ipea) Luís Carlos Magalhães, o resultado reflete a forte concentração de grandes empresas no Rio, como Petrobras e Vale, e a presença de órgãos públicos remanescentes da antiga capital federal. Mas também aponta para desequilíbrios do sistema tributário. Enquanto o setor privado consegue escapar com mais facilidade do fisco, quem está no público acaba mais onerado.

“O fato de um estado com renda per capta maior ter carga tributária menor que outro é um sinal de regressividade do sistema. Ganhos de capital e grandes fortunas são subtributados e quem desconta na fonte é mais descontado”, explica.

A professora da Faculdade de Economia da UFF Ruth Dweck também lembra que grandes empresas estão sediadas no Rio e ressalta o fato de que prestadores de serviços, como Embratel e Oi, têm tributação alta. Para ela, a economia local sente o retorno desses impostos, principalmente pela presença de universidades federais no estado. “Está comprovado que a educação e a pesquisa têm um efeito multiplicador sobre a economia”, avalia Ruth.

O diretor de Estudos Técnicos do Sindifisco Nacional, Luiz Antonio Benedito, defende detalhamento ainda maior da arrecadação por parte da Receita, para aumentar sua transparência. Segundo ele, o Estado do Rio tem diferencial demográfico, já que a capital representa 40% da população.

SP perde participação na arrecadação federal

Um dos motivos para o maior peso dos impostos, taxas e contribuições federais na economia do Rio do que em São Paulo foi o aumento da participação do estado na arrecadação na última década contra uma perda de participação do vizinho. Entre 2000 e o ano passado, a contribuição paulista caiu 8,21% (de 46,65% nominais para 42,82). Enquanto que, no mesmo período, a participação do Estado do Rio de Janeiro subiu 7,74% (de 16,53% nominais para 17,81%).

O peso do estado por habitante se sobressai devido à bem menor participação da população do Rio em relação a do País. No estado, vivem 8,36% dos brasileiros, enquanto que outros 21,61% estão em São Paulo. Ou seja: paulistas são quase o triplo dos fluminenses.

Para Luís Carlos Magalhães, do Ipea, a economia do Rio também está sendo alavancada por grandes investimentos, sobretudo da Petrobras, que começou a construir o Polo Petroquímico de Itaboraí. A construção da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), em Santa Cruz, também contribui para o crescimento.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Lei de Gerson



Uma propaganda, de 1976, para os cigarros Vila Rica, na qual o meia armador Gérson da Seleção Brasileira de Futebol era o protagonista dizia que esta marca de cigarro era vantajosa por ser melhor e mais barata que as outras, e Gérson dizia no final:
"Gosto de levar vantagem em tudo, certo? Leve vantagem você também."
Mais tarde, o jogador anunciou o arrependimento de ter associado sua imagem ao reclame, visto que qualquer comportamento pouco ético foi sendo aliado ao seu nome nas expressões Síndrome de Gérson ou Lei de Gérson.
Associa-se a valorização e a mitificação desta "lei" ao conceito de malandragem.
Na obra "Carnavais, Malandros e Heróis", o sociólogo Roberto Da Matta, tentou justificar a malandragem a descrevendo como uma ferramenta de justiça individual. Perante a força das instituições necessariamente opressoras, o indivíduo "malandro" sobrevive manipulando pessoas, enganando autoridades e driblando e se locupletando das leis, e dessa forma a garantir seu sustento.

Questões:
- O CDC facilita a Lei de Gerson?
- Um Juiz sabe distinguir, quando um consumidor é realmente lesado, e quando é "Gersista" ?
- Ou os juizes identificam a malandragem mas se omitem, patrocinando-a, porque isso convém ao sistema judiciário ?

MENTALIDADE DO GERSON
Meu nome é Gerson. Vou te processar por danos morais devido a esta exposição do meu nome.

As empresas tem dinheiro. Sempre que possivel, devemos processar.

A minha moral é muito sensivel e passivel de indenizações. É um favor quando me ofendem ou me prejudicam. Podem me ajudar a encher minha conta bancária.

Antigamente, só ganhávamos indenização por acidentes, danos, ou demissão sem justa causa. Hoje com nosso amigo CDC, posso fazer uma compra barata e ainda receber uma boa indenização.

Logo que entro em uma loja ou empresa, já penso na forma que vão me prejudicar para que eu processe. Brabo é quando as empresa não erram e não dão motivos para processar.

Quando fico sabendo que uma empresa que lesa seus clientes, faço questão de contratar seus serviços, para entrar na lista dos prejudicados e receber a merecida indenização. Tenho um amigo advogado que sempre pegar as minhas causas.

Meus pedidos sempre são deferidos. Sou o consumidor. Sou a parte mais fraca. A justiça me patrocina.

Chagall


Fazendo parte das comemorações do evento "O Ano da França do Brasil", entre os dia 16 de outubro a 6 de dezembro de 2009, o Museu nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro (RJ), sediou "O Sonho e a Vida de Marc Chagall", a maior exposição do artista bielo-russo já realizada no Brasil, com mais de 300 obras entre pinturas, guaches e gravuras
O grande destaque da mostra são três séries completas de desenhos, produzidos a partir de diferentes técnicas: "La Bible", com 105 águas-fortes, "Daphnis et Chloé", com 42 litografias, e "Les âmes mortes", com 107 gravuras.







A célebre série "La Bible" ("A Bíblia"), na qual Chagall trabalhou entre 1931 e 1939, traz histórias do Velho Testamento, como a saída dos judeus do Egito e a construção da arca de Noé, e retratos de seus personagens mais marcantes, como os três patriarcas e os reis Salomão, David e Saul.



Já "Daphnis et Chloé" ("Daphne e Chloé") é uma interpretação delicada e colorida da fábula pastoral grega escrita no século II pelo poeta Longus. Para produzir as litografias, em meados da década de 50, Chagall viajou duas vezes à Grécia em busca de inspiração.




Em "Les âmes mortes" ("As almas mortas"), Chagall ilustra em preto e branco o romance homônimo de Nicolai Gogol, ambientado na Rússia czarista com a qual o pintor, nascido na então Bielorrússia, tinha bastante familiaridade.

Também poderão ser vistas 100 guaches e gravuras em metal da série que Chagall fez para ilustrar as fábulas de La Fontaine, produzida entre 1926 e 1927. Assim como a maioria das obras expostas, este conjunto foi encomendado pelo galerista Ambroise Vollard, que se tornou notório no mundo das artes por revelar nomes como Pablo Picasso, Henri Matisse, Paul Cezánne e Vincent Van Gogh.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Contra a Covardia Federativa



Com ou sem o argumento das Olimpíadas, a proposta de divisão do dinheiro do petróleo é injusta para o Rio de Janeiro. Temos que olhar as origens. Tudo isso foi criado, a participação especial foi criada, o royalty aumentou porque o petróleo tem um sistema de tributação diferente.

O secretário de Fazenda do Rio de Janeiro, Joaquim Levy disse o seguinte: se o petróleo pudesse cobrar ICMS (que é o principal imposto estadual) na origem, como todos os outros produtos, o carro de São Paulo, o leite do Rio Grande do Sul, o Rio de Janeiro recolheria R$ 7,5 bilhões. Mas não pode cobrar. O imposto sai do consumidor. Mas o Rio foi impedido por emenda na constituinte de 88 proposta pelo então deputado federal e atual governador paulista José Serra de tributar o ICMS do petróleo.

Da maneira como está, todos os estados se beneficiram do petróleo e da circulação dos derivados de petróleo, porque é cobrado no estado consumidor. São Paulo, o maior consumidor dos derivados de petróleo, é o que mais ganha com isso.

A emenda Ibsen é demagógica. Diz que o Piauí, que estava excluído, vai ganhar. Ninguém estava excluído, porque todos os estados podem cobrar ICMS no consumo do petróleo e o Rio de Janeiro não pode cobrar na origem, como em todos os outros produtos.

Fora isso, há quebra de contrato, há muita coisa errada nessa emenda, que cria uma crise federativa. E criou-se, assim, um conflito federativo esquisito, porque está todo mundo contra o Rio de Janeiro. Há quantos anos não tínhamos uma crise federativa? E, hoje, vai ter passeata na rua contra quem? Contra o Brasil?

A reação do deputado Ibsen Pinheiro, ao propôr o perfume no bode, é deixar a conta para a União. Ela passaria a ressarcir os estados, mas isso cria nova confusão. Tirar da União é também, indiretamente, tirar dos estados, porque ela repassa recursos. Há compromissos de gastos para esse dinheiro dos royalties do petróleo para a preparação das Olimpíadas de 2016.

Isso tudo é uma irresponsabilidade muito grande dos senadores. O Rio concentra 85% do petróleo. E vamos imaginar se não fosse assim. Em 2008, quando ele foi a US$ 146, o que teria sido do Brasil? O petróleo que é explorado no estado beneficia o país como um todo, porque deixa de importar e, portanto, tem pressão menor na sua balança comercial.

O Brasil deve conversar sobre isso até se chegar a uma solução que deixe todo mundo convencido. O que não pode é um deputado decidir fazer uma emenda demagógica, oportunista e manipuladora, porque vira para 24 estados que não recebem royalties e oferece esses recursos. E ficam dois contra 24. Não é com o peso da superioridade númerica que se faz uma Federação, mas com o da argumentação justa.

O que querem dizer é que a maioria pode sempre suprimir ou restringir um direito da minoria pelo simples fato de ser titular de mais votos. Afirmações desse tipo são a negação do princípio do estado democrático de direito, que é o fundamento de toda a nossa organização político-social, e fazem lembrar momentos tristes da história, como as leis promulgadas na Alemanha nazista que eliminavam ou restringiam garantias individuais de minorias (judeus, ciganos, negros, homossexuais, etc), apesar da regra constitucional que as garantia para todos, porque tais leis foram votadas por maioria que permitia romper o princípio constitucional.

O direito que os Estados produtores têm de obter compensação econômica pela riqueza extraída nos seus territórios está previsto na Constituição porque se constitui em um verdadeiro "direito natural" desses Estados no sistema federativo. Ele não pode ser suprimido, nem diminuído ao ponto de lhe tirar a efetividade, porque é inadmissível que uma unidade da Federação disponha de uma riqueza natural e não tire dela nenhum proveito econômico, já que os Estados produtores não recebem o ICMS sobre o petróleo, uma vez que a Constituição prevê que, ao contrário de todos os outros produtos, o pagamento do tributo se dá no seu destino, e não na sua origem.

Além de por lei ordinária tentar suprimir o direito natural à compensação pela exploração de uma riqueza no território dos Estados produtores, garantido pela Constituição, os defensores da tese de que a maioria pode tudo ainda querem violar uma outra regra sagrada do direito constitucional moderno: a do direito adquirido e do ato jurídico perfeito. Querem mudar as regras do jogo que já foi iniciado, ao aprovarem na Câmara a mudança dos critérios de distribuição de royalties para os campos de produção já licitados e cujo direito à compensação já integra o patrimônio dos Estados onde se localizam. É assombroso.

Os defensores dessas propostas acham que com isso passam a imagem de que brigam por mais recursos para os seus Estados e Municípios. Na verdade, para tentar obter uma pequena vantagem, violam princípios caros à democracia brasileira, abrem um precedente que pode ser utilizado contra outras unidades da Federação em relação a interesses que lhes sejam peculiares, levam à falência um Estado fundamental para o Brasil como o Rio de Janeiro e dão início a uma guerra federativa no campo tributário que trará prejuízos a todo o Brasil.

Fazem tudo isso por pouco dinheiro, porque, por maior que seja o valor que se pretende suprimir dos Estados produtores, ele sempre será dividido por 27, tornando-se assim uma grande perda para o Estado onde o petróleo é produzido e um pequeno ganho para os demais.

Essa decisão da Câmara trilhou os caminhos da ausência de reflexão de muitos e da insensatez e do oportunismo político de alguns poucos. Ela contraria o atual momento virtuoso por que passa o Brasil, de crescimento econômico e social, com plena vigência da democracia e respeito às regras constitucionais, que foi alcançado após muita luta e sacrifício por todos os brasileiros. Os deputados e senadores ainda têm uma grande oportunidade de evitar o início do fim da federação brasileira.
REGIS FICHTNER é secretário-chefe da Casa Civil do governo do Estado do Rio de Janeiro.

terça-feira, 16 de março de 2010

Citroterapia - Cura do Limão



Uma das frutas mais disponíveis em todo o planeta e, muito versátil nas formas de preparo e consumo, sempre é possível integrar o limão na alimentação diária.
Os principais minerais presentes nas diferentes partes do limão são: sílica, cálcio, ferro, manganês e cobre.
O Limão por ser rico também em vitaminas B1, B2 e B3, é um alimento recomendado na prevenção de doenças do sistema nervoso.
Cerca de 7% do suco do limão é composto por ácidos: cítrico + ascórbico (vitamina C). Tal fato explica porque o limão ganhou a reputação secular de prevenir o escorbuto. Tais ácidos do limão interferem também no bom funcionamento das glândulas endócrinas e evita hemorragias, tão comum em diabéticos e pessoas da terceira idade.
Ao mesmo tempo, o limão é um anticoagulante natural. Mas, exatamente por seu poder regulador (anti-hemorrágico <-> anti-coagulante) apresenta-se superior a muitas drogas farmacêuticas.
O limão, por sua riqueza em sais minerais e em ácido cítrico, tem a propriedade de manter as células jovens, oxigenadas (Ciclo de Krebs) e ativas (eletroquímica e eletromagnetismo).
Devido ao seu teor de vitamina PP (niacina - componente de coenzimas relacionadas às enzimas respiratórias e vasodilatadoras), o limão é um alimento recomendado na prevenção de problemas cardiovasculares (protetor arterial).
O consumo diário do limão é muito recomendado para uma gravidez feliz. Também na prevenção e tratamento de doenças infecciosas e do câncer.
O limão é reconhecido milenarmente como um antibiótico e anti-séptico intestinal. Tomado em jejum e de forma diluída, esta ‘limonada’ cicatriza os tecidos intestinais e destrói putrefação. Na Índia, o suco de limão é a bebida sagrada do desjejum matinal, agindo como agente de purificação, regulação e antídoto de envenenamento ou intoxicação.
Com ação de laxante suave, é ideal para regular os intestinos, esteja ele solto ou constipado. E ainda, com seu poder adstringente, reduz a formação dos gases intestinais. Desta forma, evita o inchaço do estômago e dos intestinos. É indicado também como coadjuvante no tratamento de retrocolites e síndromes dos intestinos (SII, Doença de Chron etc.).
Rico em enzimas e sais minerais, depois de uma refeição pesada é recomendado que se tome suco fresco de limão diluído num chá digestivo ou água morna (não deixe que o calor destrua as enzimas do limão) para acelerar o fogo da digestão e a desintoxicação. O consumo regular e correto do limão irá facilitar a liberação dos excessos de gordura corporal, assim como evitar a formação de tais depósitos.
O limão neutraliza e ajuda na expulsão de toxinas. Com esta ação desintoxicante e digestiva, é indicado também para estimular todos os sistemas cardiovascular e respiratório. Integrado a sua de purificação ocorre uma redução da viscosidade do sangue de pessoas hipertensas ou com históricos de colesterol e/ou triglicérides elevados. Portanto, o limão é um hipotensor natural.
Recomendado na prevenção e tratamento de disfunções hepáticas e pancreáticas, o limão é um poderoso protetor e depurador hepático. Seu consumo diário é indicado em casos de esteatose (fígado gorduroso). O limão também tem uma função reguladora sobre o pâncreas, portanto recomendado na prevenção e históricos de diabetes.
Recomendado na prevenção e tratamento de disfunções do trato urinário, pois o limão é um dos melhores diuréticos que existem. O consumo diário de limão evita a formação de cálculos (renais e vesicais), como também de aglomerados de células como cistos e tumores. Saiba mais aqui
Em países tropicais o limão pode ser usado na prevenção eficaz contra a malária. Para tanto o indicado é a Terapia Intensiva do Limão (19 dias), mais eficaz ainda se a ‘limonada’ é misturada com água de barro. Sucos e limonadas são refrescantes e pode ser coadjuvantes na redução de febres em geral. Ou seja, o limão tem propriedades de refrescar e reduzir a temperatura corporal. Lembre das limonadas no verão!
O óleo essencial (OE) de limão contém substâncias químicas (monoterpenos), entre elas o d-limoneno, que agem como um quimioterápico natural, prevenindo e impedindo o desenvolvimento do câncer.

Terapia Intensiva do Limão
Também conhecida como Citroterapia ou Cura do Limão, pode ajudar em vários aspectos do psico-emocional como: parar de fumar, melhorar a lucidez e disposição mental, melhorar as habilidades de inteligência, favorecendo-lhe uma boa memória. Melhor sono, portanto disposição e bom-humor matinal. Pesadelos e insônia podem ser resolvidos com esta terapia da Cura do Limão.

O tratamento mais conhecido e divulgado na literatura sobre o limão é a Terapia Intensiva de 19 dias, que começa pela ingestão do suco de um limão no primeiro dia e vai aumentando-se a dose diária com 1 limão, ao longo de dez dias sucessivos, até perfazer o total de 10 limões no décimo dia. No décimo primeiro dia decrescem as doses em igual proporção, reduzindo 1 limão a cada dia, até que no décimo nono dia a ingestão é o suco de apenas 1 limão.

No total destes 19 dias de tratamento serão consumidos 100 limões. Por este motivo há que ter absoluto cuidado com a perfeita higiene (limões muito bem lavados) e a maturidade dos limões. Limões que não estão bem maduros podem causar alergias e limões maduros demais já não são tão terapêuticos. Limões maduros apresentam suculência, casca brilhante, fina e macia, além de cabinho (ou a estrela que o prendia à árvore) que se soltam com um leve toque.

O mágico deste tratamento, que foi criado para tratar pessoas com ácido úrico e artrite, é a cumplicidade para fortalecer o organismo. Os antibióticos vão deprimindo o sistema imunológico, pois fazem pelo organismo o que ele mesmo deveria fazer. Já a Terapia Intensiva - que é preventiva - vai do primeiro ao décimo dia, limpando e alcalinizando o organismo. Ou seja, vai arrumando a casa. Colocando tudo nos seus lugares. Depois do dia 11 ao 19, esta terapia vai permitindo e lembrando ao organismo da sua função autônoma. Ou seja: é o organismo sano que irá lidar com todos os desafios da vida.

O limão quando consumido de forma errada, como qualquer remédio, pode causar desmineralização e até anemia. Neste caso, volte para o seu consumo correto e saudável, ou seja, sempre acompanhado de frutas, folhas verdes, legumes, feijões, raízes e sementes. Saiba mais aqui.

Alam Moore


1981. Ronald Reagan torna-se presidente norte-americano por dois mandatos consecutivos, consolidando um retorno às políticas do capitalismo tradicional pelo neo-liberalismo e acabando com as disparidades econômicas entre os EUA e a URSS pela queda do Muro de Berlim e a abertura comercial das nações socialistas. Um presidente que aliou reconciliação com conservadorismo, conquistando e consolidando seu eleitorado. Dois anos antes, em 1979, Margaret Thatcher assume o cargo de primeira-ministra britânica, diminuindo a atuação política trabalhista na Inglaterra e, junto com seus parceiros americanos, fortalecendo o poder do mercado sem regulagem do Estado pelo mundo.

Entre 1982 e 1983, o roteirista Alan Moore dá vida aos quadrinhos de V for Vendetta, ambientado em uma Inglaterra opressora. Entre 86 e 87, nasce a liga de super-heróis Watchmen, que é uma paródia dos mascarados norte-americanos durante a Guerra Fria, especialmente nos Estados Unidos. Ambos os desenhos, além de integrarem obras importantes do século XX, mostram uma clara crítica de Moore, um escritor polêmico por suas crenças no obscuro e na bruxaria, aos regimes vigentes e ao conservadorismo no geral.



O herói V é um anarquista que luta contra uma Inglaterra dominada por um ditador, Adam, muito semelhante ao poder popular de Tatcher. Os super-heróis de Watchmen não possuem poderes especiais, exceto um homem de pele azulada e brilhante chamado Dr. Manhattan, que sobreviveu a experimentos nucleares e pode desintegrar, integrar e manipular todo o tipo de matéria, sendo praticamente um deus do mundo físico. Outros personagens, como o Comediante e a Espectral, refletem a natureza decadente de heróis afetados por uma sociedade que não os aceita, mais próxima da realidade, se um super-homem existisse.

Moore conviveu com Tatcher e Reagan e, ao contrário deles, teceu uma realidade crítica do fim da Guerra Fria e dos mundo real que vivemos, mesmo através de desenhos. Transformou mitos norte-americanos dos anos 50 e 60, como super-heróis, em espelhos de uma realidade suja das ruas oprimida por políticos que não estão em contato com o cotidiano comum. Seja pelo poder estatal ou das corporações em mercados livres, Alan Moore criou novos mitos críticos no último século que passou. Portanto, mesmo que você não concorde com o anarquismo de V, ou com os heróis comuns de Watchmen, é recomendável ver seus quadrinhos neste começo de século.

Lançado em 2006, a adaptação cinematográfica de V for Vendetta adaptou toda a mensagem anti-fascista em uma história mais contemporânea, envolvendo caça ao terrorismo dentro da trama original, além da poesia e dos dotes artísticos do protagonista. O filme transformou-se em uma interpretação fiel de quadrinhos. A mensagem de que V pretendia tornar a explosão do parlamento inglês um símbolo de sua rebeldia contra o governo e um exemplo para sua população alienada é mantido, revivendo os ideais de Guy Fawkes no século XVII.


Em Watchmen, na adaptação aos cinemas de 2009, o plano de unificação na Guerra Fria é transformado em várias bombas nucleares explodindo em diferentes locais do globo, e não um ataque alien, como no gibi, tirando um pouco da surpresa original. Mas todos os personagens característicos de Moore estão presentes, mantendo sua criatividade como autor do conservadorismo social, estampado em seus heróis errantes.

Apesar de rejeitar as versões cinematográficas de suas obras, Moore é um autor que deve ser reaproveitado em tempos de Barack Obama na presidência, com esperanças que o mundo aguarda de um novo Estado americano. Esses novos mitos na verdade não diferem do mundo pessimista de Alan Moore, que possui sim retratos ideais, mas que estão distorcidos pela realidade em que vivem, não sendo pura fantasia e mantendo sua conexão com a crítica, sempre válida socialmente e individualmente.
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sábado, 6 de março de 2010

Nietzsche e a Moral


A moral para Nietzsche é uma invenção dos fracos, que inverteram o sentido de bom e virtuoso para favorecer o ascético, o que nega o corpo em favor da alma, e que portanto nega a vida. Nietzsche é favorável aos homens guerreiros, fortes, que com apenas uma inflexão afastam de si todas as culpas anteriores e toda a mesquinhez moral.

Nietzsche negava qualquer fundamentação metafísica da moral. A moral é uma criação humana, imposta pelo "Dragão dos valores", aquele que diz "Tu deves" quando o indivíduo diz "Eu quero".

Nietzche constata que toda cultura de sua época - na verdade, da história ocidental - está investida de uma determinada moralidade e de uma determinada concepção filosófica sobre a realidade. Observa que ambas nos induzem a considerar a própria existência como uma imperfeição, como algo de que devemos descartar.

A moralidade aparece a nós de uma forma tão impositiva que criticá-la parece desrespeito. A moral, "Circe dos filósofos", não se apresenta apenas como incontestável . Ela seduz, ora atemorizando( o desaparecimento de uma determinada moral leva à insegurança e à anarquia, ameaçando a estabilidade do ser humano), ora promtendo ( promessa de vida melhor, e até mesmo, de uma vida perfeita). Sê moral e serás melhor, serás feliz!

Segundo Nietzche, uma combinação de promessa, ameaça, imposição e valorização da moral nos tem impedido de formular as perguntas que realmente nos interessam. Além disso, a ignorância a respeito da origem da moral torna ainda mais difícil formular certas questões.

Já que a moral não tem uma raiz transcendente e nossos juízos sobre o certo e errado expressam necessidades da nossa vida pulsional e instintiva, Nietzche reexamina nosso sistema de juízos e categorias morais. Concluindo que os tipos de forças que estão cristalizadas nas categorias morais, são aquelas que, ao invés de promover a afirmação da vida, sustentam sua negação. Portanto, Nietzche pretende a criação de uma nova tábua de valores morais, de acordo com a nossa condiçao natural e finitude.

O filósofo matador de Deus, transmutador dos valores e profeta do super homem, não apenas idealizou, mas de certa forma concebeu a priori o que seria a sociedade contemporânea, um século após a sua morte, pois como o mesmo afirmou, "sou um filósofo póstumo". Portanto, se ainda cem anos depois, ainda comparecem aqueles que não são nada mais que rebanho para criticá-lo, então voltemos no tempo e quebremos nossos grilhões. A verdade veio a tona, o mundo não acabou, criso não veio, deus não salvou os pobres, o anarquista se projeta socialmente melhor que o legalista ou moralista, e assim por diante.

os espíritos livres, diversamente, os filósofos do futuro, soltam gargalhadas a palavra que chamam "moral" e dançam feito Dionísio, ou seja afirmando a jovialidade e a vida, e não a velhice e a morte. Eis o cabresto do povo, este chamam de moral.