22.jun.2009 - Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) promove em Brasília protesto contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de acabar com a exigência do diploma para o exercício da profissão.
Sou a favor da decisão do STF.
Jornalistas lidam com informação, busca de informações, transcrição e apresentação das mesmas ao público. Entretanto, qual seria o compromisso do jornalista? Com alguma espécie de "verdade"? Ou apenas "não mentir" (mas omitir)? Com a "não alienação"?
Porque na Medicina, Psicologia, Serviço Social, Contabilidade... há um compromisso com a saúde coletiva, com o bem estar social, com a saúde mental, com a transparência... Por mais que sejam super questionáveis, também, os órgãos reguladores dessas profissões, e por mais que nem todos os profissionais cumpram, há um "bem público" em jogo.
Agora, se formos pensar em um "bem público" da imprensa, então vamos ter que jogar no lixo (arrisco eu) 90% das publicações que existem hoje. Quais jornais se ocupam, de fato, da INFORMAÇÃO? Da não alienação? Da promoção de consciência crítica, e não da oferta de verdades-prontas?
E também acho complicado deixar pros jornalistas decidirem isso. Que jornalistas decidiriam? Os formados? Com carteirinha? Do jeito que se parem faculdades por ai, seria algo como uma democracia dos destros. "Entre os presentes, quem vota a favor dos destros serem os dirigentes e os canhotos os servos?"
Quando eu vir um jornalismo que realmente se preocupa com a não alienação, eu talvez defenda que haja uma regulamentação das práticas jornalísticas - e não a restrição desse mercado a quem tem diploma!
Esse negócio de restrição de mercado acaba por resultar numa despolitização das práticas que são restringidas. A partir do momento que apenas jornalistas formados podem escrever matérias investigativas em jornais, por exemplo, que autonomia e auto-sustentabilidade terá uma comunidade que não conta com uma faculdade de jornalismo? Terá que, de alguma maneira, bancar um graduado para vir "da capital"?
Porque na Medicina, Psicologia, Serviço Social, Contabilidade... há um compromisso com a saúde coletiva, com o bem estar social, com a saúde mental, com a transparência... Por mais que sejam super questionáveis, também, os órgãos reguladores dessas profissões, e por mais que nem todos os profissionais cumpram, há um "bem público" em jogo.
Agora, se formos pensar em um "bem público" da imprensa, então vamos ter que jogar no lixo (arrisco eu) 90% das publicações que existem hoje. Quais jornais se ocupam, de fato, da INFORMAÇÃO? Da não alienação? Da promoção de consciência crítica, e não da oferta de verdades-prontas?
E também acho complicado deixar pros jornalistas decidirem isso. Que jornalistas decidiriam? Os formados? Com carteirinha? Do jeito que se parem faculdades por ai, seria algo como uma democracia dos destros. "Entre os presentes, quem vota a favor dos destros serem os dirigentes e os canhotos os servos?"
Quando eu vir um jornalismo que realmente se preocupa com a não alienação, eu talvez defenda que haja uma regulamentação das práticas jornalísticas - e não a restrição desse mercado a quem tem diploma!
Esse negócio de restrição de mercado acaba por resultar numa despolitização das práticas que são restringidas. A partir do momento que apenas jornalistas formados podem escrever matérias investigativas em jornais, por exemplo, que autonomia e auto-sustentabilidade terá uma comunidade que não conta com uma faculdade de jornalismo? Terá que, de alguma maneira, bancar um graduado para vir "da capital"?
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