quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Retrofit - Sul America


Projeto da Ecotech Arquitetura preserva a fachada e moderniza instalações do edifício Sul America para abrigar salas comerciais, lojas e restaurantes
A Tishman Speyer inicia em setembro as obras de retrofit do edifício Sul América, no centro do Rio de Janeiro. Com projeto do escritório carioca Ecotech Arquitetura e Gerenciamento, a reforma inclui a preservação da fachada, instalação de sistema de ar condicionado central e a modernização das instalações elétricas, hidráulicas e de telecomunicações. Quando pronto, o edifício abrigará lojas e restaurantes no térreo e oito pavimentos de salas comerciais.



"Todo o centro do Rio de Janeiro passa por uma ampla revitalização e queremos integrar essa iniciativa a todo esse processo", afirma Daniel Cherman, presidente da Tishman Speyer. A reforma está orçada em R$ 150 milhões.
Com 28 mil m² de área construída, o projeto original do edifício Sul América foi concebido na década de 1930. "Para fazer o retrofit, tivemos que partir de algumas premissas impostas pelo patrimônio histórico, que exigiu, entre outras coisas, a preservação de toda a fachada até o quinto pavimento", explica Thiago Madeira, arquiteto da Ecotech Arquitetura e Gerenciamento. "A partir do sexto andar poderíamos refazer a fachada desde que mantivéssemos o mesmo partido arquitetônico", completa.
De acordo com Madeira, o Zoneamento do Corredor Cultural, que dispõe sobre o tombamento dos imóveis no Rio de Janeiro, também solicitou que a estrutura do prédio fosse mantida. "Por isso, do primeiro ao nono pavimento a área da laje varia, reduzindo um pouco no sexto e sétimo andar, e ainda mais no oitavo e nono, como se fosse um bolo de casamento", conta o arquiteto.
Internamente, o térreo vai abrigar quatro lojas e dois restaurantes. "Criamos ainda um anexo para a praça de alimentação, que vai servir também como uma área externa e acesso para a Rua do Carmo", afirma o arquiteto. O novo Sul América, localizado no quadrilátero formado pelas Ruas do Carmo, Quitanda, do Ouvidor e do Rosário, terá outras três entradas, sendo uma exclusiva para os escritórios comerciais.
O retrofit dos oito pavimentos destinados a escritórios foi a parte mais complexa do projeto. Para não modificar o projeto estrutural, exigência feita pela Tishman, os arquitetos tiveram de manter duas escadas do edifício, que foram pressurizadas. "Mantivemos ainda as quatro caixas de elevadores existentes, de modo que o núcleo do pavimento tipo não ficasse muito linear", conta Thiago Madeira. Além deles, outros três novos elevadores serão instalados no edifício.
O subsolo, por fim, será utilizado pelas lojas e para ambientes de serviços, como os vestiários. Confira as imagens do projeto:






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