Já deixei de fazer uma compra numa loja do shopping porque por algum motivo técnico meu cartão não passou, nenhum problema fui no terminal mais próximo saquei e paquei em espécie.. bobagem.
Já esqueci de pagar uma fatura de cartão de crédito, mas tudo bem meu gerente debitou o valor minimo da minha conta para evitar que meu nome fosse negativado mesmo sem minha autorização, no que sou muito grato.
OK tudo isso pode ser um pouco aborrecido, mas o que eu não sabia é que eu poderia ser compensado financeiramente no justiça por cada uma dessas situações.
Então a bússola moral da qual meus pais me equiparam desde criancinha oscilou, pera aê.. se isso não me causou nenhum transtorno ou abalo psicológico, não seria oportunismo de minha parte usar o judiciário para me locupletar com essas banalidades ?
Sim seria...
Pois me informaram também que ações dessa espécie eram corriqueiras na justiça, virou "indústria", e que eu seria "otário" se não processa-se as empresas. Que eu poderia ganhar um din-din na justiça em cada uma dessas ocasiões, e ainda que muita gente tava ganhando rios de dinheiro pedindo indenizações por qualquer motivo banal e também que as chances de sucesso são próximas a 100%.
Bem se um juiz decidiu que isso é certo, quem sou eu, um reles cidadão para contrariar uma autoridade que tanto estudou para ser um expert em moralidade. Deve ser porque a "moral" dos tempos mudou e eu fiquei ultrapassado. Nesse mundo de ultra-capitalismo, até a ética foi transformada em dinheiro por mais injusticável que isso possa ser.
Então às favas com a bússola ética paterna, vou entrar amanhã mesmo com meia dúzia de ações nos juizados. Se o meu vizinho comprou um carro novo com essas brincadeiras, eu também quero um carro novo, se deu para tanta gente vai ter que dar para mim também, afinal não esta errado quem pede, e sim quem concede, portanto: "Excelência me dá um dinheiro aê..."
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