Eu havia subestimado o benefício de me manter distante do Facebook. Dormi mal, uma ansiedade contida ressurgiu com tudo, voltou um pensamento circular que se constrói a partir de outros posts - e como posts que nunca serão escritos. Completa falta de foco. E uma energia enorme dispersada a troco de quase nada.
Sem brincadeira, até porque levo drogas e adição muito a sério, nunca vivi nada mais parecido com uma recaída do que isso.
Já não tinha muitas dúvidas, tenho menos agora: esse dinâmica de comunicação a que estamos submetidos precisa ser entendida como estrutural nessa depressiva crise psicopolítica. Está drenando energia, serotonina, dopamina e muita força que poderia ser gasta com trabalho, articulação, organização e construção de saídas a partir de nossa perplexidade e indignação.
Vou sair do Facebook? Não. Ainda não. Como jornalista independente, sem veículo ou vínculo com outros meios de comunicação, preciso da rede que consolidei com o meu trabalho por aqui. Uma pena, no fundo.
Mas vou seguir em silêncio por uns tempos, finalizando a reforma do meu site (está ficando bom!) e tocando trabalhos mais consistentes que vão ficando cronicamente em segundo plano nessa cracolândia da procrastinação e micro autoafirmações.
Até porque, droga por droga, conheço muitas bem mais interessantes - e mais saudáveis - do que a timeline.
Em frente.
Bruno Tortura
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