sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

MUDE



Mude,
Mas comece devagar,
porque a direção é mais importante que a velocidade.
Sente-se em outra cadeira,no outro lado da mesa.
Mais tarde, mude de mesa.
Quando sair,procure andar pelo outro lado da rua.
Depois, mude de caminho,ande por outras ruas,calmamente,observando com atençãoos lugares por onde você passa.
Tome outros ônibus.
Mude por uns tempos o estilo das roupas.
Dê os Seus sapatos velhos.
Procure andar descalço alguns dias.
Tire uma tarde inteirapara passear livremente na praia,ou no parque,e ouvir o canto dos passarinhos.
Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche as gavetase portas com a mão esquerda.
Durma no outro lado da cama...depois, procure dormir em outras camas.
Assista a outros programas de tv,compre outros jornais...leia outros livros,
Viva outros romances.
Não faça do hábito um estilo de vida.
Ame a novidade.
Durma mais tarde.
Durma mais cedo.
Aprenda uma palavra nova por dia numa outra língua.
Corrija a postura.
Coma um pouco menos,escolha comidas diferentes,novos temperos, novas cores,novas delícias.
Tente o novo todo dia.o novo lado,o novo método,o novo sabor,o novo jeito,o novo prazer,o novo amor.a nova vida.
Tente.
Busque novos amigos.
Tente novos amores.
Faça novas relações.
Almoce em outros locais,vá a outros restaurantes,tome outro tipo de bebida compre pão em outra padaria.
Almoce mais cedo,jante mais tarde ou vice-versa.
Escolha outro mercado...outra marca de sabonete,outro creme dental...tome banho em novos horários.
Use canetas de outras cores.
Vá passear em outros lugares.
Ame muito,cada vez mais,de modos diferentes.
Troque de bolsa,de carteira,de malas,troque de carro,compre novos óculos,escreva outras poesias.
Jogue os velhos relógios,quebre delicadamente esses horrorosos despertadores.
Abra conta em outro banco.
Vá a outros cinemas,outros cabeleireiros,outros teatros,visite novos museus.
Mude.
Lembre-se de que a Vida é uma só.
E pense seriamente em arrumar um outro emprego,uma nova ocupação,um trabalho mais light,mais prazeroso,mais digno,mais humano.
Se você não encontrar razões para ser livre,invente-as.
Seja criativo.
E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa,longa, se possível sem destino.
Experimente coisas novas.
Troque novamente.
Mude, de novo.
Experimente outra vez.
Você certamente conhecerá coisas melhorese coisas piores do que as já conhecidas,mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança,o movimento,o dinamismo,a energia.
Só o que está morto não muda !
Repito por pura alegria de viver:a salvação é pelo risco, sem o qual a vida nãovale a pena!!

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Piada de Advogados

Nunca brinque com um advogado...

Dois trabalhadores estavam caminhando pelo acostamento da Via Dutra, voltando de uma Indústria onde haviam trabalhado duro o dia inteiro, quando um Advogado, que vinha a toda velocidade no seu carro importado, atropela os dois. Um deles atravessou o pára-brisa e caiu dentro do carro do Advogado, enquanto o outro voou bem longe, a uns dez metros do local do atropelamento. Três meses depois, eles saíram do Hospital e, para surpresa geral, foram direto para a cadeia. Um por invasão de domicílio e o outro por se evadir do local do acidente.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Cientista diz que Cultura Latina despreza Educação


Cientista político americano, que critica a imigração hispânica, diz que a cultura deles despreza a educação
Hispânicos são atrasados, diz Huntington SOLEDAD GALLEGO-DÍAZFIONA FORDEDO "EL PAÍS"

Samuel Huntington, 77, conquistou fama com seu livro "Choque de Civilizações", no qual opõe o Ocidente ao islamismo militante. Agora, o cientista político e professor da Universidade Harvard volta a provocar grande polêmica com "Who Are We? The Challenges to America's National Identity" (quem somos? Os desafios à identidade nacional americana), ao expressar seu receio diante da integração hispânica nos EUA. Leia a seguir os principais trechos da entrevista em que Huntington reitera sua tese de que a imigração mexicana é menos assimilável do que as anteriores por não esquecer seu idioma e sua cultura.

Pergunta - Em "Who Are We?" o sr. fala do "credo americano" como uma senha de identidade dos EUA. De que maneira o definiria?
Samuel Huntington - O "credo americano" é uma expressão criada pelo sociólogo sueco Gunnar Myrdal nos anos 40 para descrever o que ele considerava como as crenças políticas básicas dos norte-americanos. Para Myrdal, essas crenças incluíam a dignidade essencial do indivíduo, a igualdade fundamental entre todos os homens e o direito inalienável à liberdade, à justiça e a oportunidades justas. As mesmas idéias que foram expressas de maneira eloqüente por Thomas Jefferson em nossa Declaração de Independência e vêm sendo reiteradas constantemente por nossos líderes. É importante ressaltar que essas crenças foram produto da sociedade anglo-protestante que se forjou nos séculos 17 e 18.

Pergunta - Se até agora foi possível aos imigrantes da Europa e Ásia compartilhar esses princípios, por que o sr. acredita que os hispânicos não sejam capazes de assimilá-los?
Huntington - Não digo que não seja possível compartilhá-los. Creio que os hispânicos em larga medida compartilhem deles, em especial os que optaram por emigrar para os EUA, os quais, em certa medida, sentem atração pelos valores desse credo. Mas acredito que haja distinções culturais fundamentais entre os mexicanos e os americanos.

Pergunta - Quais são?
Huntington - Citarei diversos mexicanos importantes para esclarecer essas distinções. Carlos Fuentes, o mais importante romancista mexicano, diz que seu país tem herança mista espanhola e indígena, combinada com uma cultura católica, enquanto os EUA têm uma cultura protestante cujas origens derivam presumivelmente do trabalho de Martinho Lutero. O filósofo Armando Cítoro diz que a atitude mexicana e, acrescenta, a dos mexicanos que vivem nos EUA pode ser expressa com frases como "quem liga?", "não adianta trabalhar muito" e "nada vale muito a pena". E isso serviria também como resumo da cultura mexicana.

Pergunta - Por que é mais difícil aos hispânicos compartilhar do credo americano do que foi para os judeus poloneses, por exemplo?
Huntington - Os imigrantes que chegaram aos EUA vinham em certa medida atraídos pelo credo, e confiavam nele. Converteram-se ao ponto de vista norte-americano. Creio que isso indubitavelmente também esteja ocorrendo com os imigrantes mexicanos nos EUA, mas penso que existe uma série de fatores que fará dessa conversão aos valores americanos um processo muito mais lento e difícil. Os mexicanos mantêm laços muito estreitos com o seu país de origem, vão e voltam ao México continuamente. A imigração mexicana é muito diferente das ondas migratórias anteriores, nas quais os imigrantes cruzavam milhares de quilômetros de oceano.

Pergunta - E isso implica uma diferença importante?
Huntington - Certamente que sim. Até a Primeira Guerra, os imigrantes cruzavam o oceano e lhes era muito difícil manter contato com as suas sociedades de origem. Mas os mexicanos não precisam tomar essa decisão, podem manter residência e laços pessoais no país de origem e no país de destino ao mesmo tempo, e dupla nacionalidade, e cada vez mais freqüentemente dupla cidadania. Além disso, é preciso acrescentar o fato de que pela primeira vez em nossa história temos uma onda maciça de imigração ilegal.Agora, temos um fluxo contínuo de imigrantes, e não só isso como também um crescimento da população hispânica, devido a uma maior taxa de fertilidade.Os hispânicos representam entre 12% e 13% da população dos EUA, mas, nos últimos anos, vêm respondendo por 50% do crescimento populacional. Para o ano 2040, a projeção é que esse grupo represente mais de 25% da população americana.

Pergunta - Há outras dificuldades específicas?
Huntington - Insisto em que a assimilação é possível, mas existem muitas dificuldades, devidas, entre outras coisas, à atitude dos mexicanos e dos hispânicos em geral quanto à educação. Cerca de 36% dos hispânicos que iniciam o segundo grau não chegam ao final do curso. O índice se compara a 16% no caso dos norte-americanos negros e a 8% no caso dos norte-americanos brancos. Isso indica que existe um problema real entre os hispânicos quanto ao tema educação, e creio que, por alguma razão, essa atitude seja parte de sua cultura. Não colocam muita ênfase na aprendizagem.

Pergunta - O sr. acredita que isso possa mudar no futuro?
Huntington - As autoridades educacionais fazem grandes esforços para reverter essas tendências. Mas isso significaria mudar as atitudes existentes entre os imigrantes hispânicos, e isso não é fácil. Os mexicanos têm de estar dispostos a trabalhar pesado e a continuar na escola; neste país, não se chega a lugar algum sem terminar a escola secundária. E, se você realmente deseja avançar, tem de ir à universidade, e o fato é que menos de 4% dos imigrantes mexicanos freqüentam universidades, ante 22% dos norte-americanos em geral.

Pergunta - Parte da responsabilidade pela situação não cabe às políticas educacionais?
Huntington - Provavelmente existem coisas que poderiam ser feitas para tentar animar os estudantes a não deixar a escola. Talvez haja alguma forma de ajuda econômica, já que a necessidade econômica é sem dúvida um dos motivos para abandonar os estudos: a idéia de que uma criança de 16 anos tenha de ganhar dinheiro para ajudar a família. Creio que algumas formas de ajuda econômica e de fomento ao emprego sejam úteis. Mas, uma vez mais, acredito que não se trate simplesmente de uma questão econômica, mas de uma questão cultural, e quanto a isso é preciso que a mudança aconteça de dentro da comunidade hispânica dos EUA.

Pergunta - Os problemas educacionais são comuns a todos os grupos subdesenvolvidos. Não me parece que os italianos que imigraram para os EUA há 70 ou 80 anos pensassem em estudar; sua preocupação era trabalhar.
Huntington - Em primeiro lugar, os italianos vieram em larga medida antes da Primeira Guerra Mundial. A guerra deteve o fluxo migratório, e o Congresso imediatamente aprovou leis que reduziam drasticamente a imigração, especialmente a imigração italiana. Por isso, houve pouca imigração italiana nos anos 20 e 30. E o fato de que a imigração tenha sido suspensa desempenhou papel central na assimilação relativamente bem-sucedida dos imigrantes italianos. Esse é outro aspecto da imigração mexicana: ela é persistente. A comunidade hispânica está crescendo, e, à medida que cresce, há menos incentivos para que haja assimilação. Uma prova dessa tendência é que, em 1990, havia 166 publicações jornalísticas em espanhol nos EUA; hoje, o número de títulos mais que dobrou, para 344.

Pergunta - O sr. acredita que o credo americano seja exclusivo da cultura anglo-protestante?
Huntington - Não. O credo se apresenta como um conjunto de princípios universais aos quais qualquer pessoa, em qualquer lugar, poderia aderir. Mas não resta dúvida de que foi criado pela cultura anglo-protestante.

Pergunta - Quais são seus elementos mais significativos?
Huntington - O idioma inglês, o cristianismo e o sentimento religioso. Os norte-americanos são um dos povos mais religiosos do mundo, muito mais do que as pessoas de outras democracias industrializadas.

Pergunta - O sr. diria que os mexicanos não são muito religiosos?
Huntington - Não sei. Há números sobre isso no meu livro. O México está entre os países mais religiosos do mundo. Em uma lista de 42, está em décimo lugar, enquanto os EUA estão em quinto.

Pergunta - Ajudaria caso os mexicanos esquecessem o espanhol e falassem inglês?
Huntington - Se o fizessem, se tornariam mais parecidos com os norte-americanos.
Pergunta - Seriam como os norte-americanos?Huntington - Seriam mais parecidos com os norte-americanos.

Pergunta - Mas não seriam realmente norte-americanos...
Huntington - Bem, se abandonarem seu idioma, se mudarem para os EUA e adotarem a cultura norte-americana e, especialmente, os elementos da cultura anglo-protestante que destaco em meu livro, o individualismo e a ética do trabalho, além da crença de que as pessoas têm tanto a capacidade quanto a responsabilidade de conseguir reformas sociais.

Pergunta - Francis Fukuyama diz que hoje, nos EUA, são coreanos e latinos que mantêm a ética do trabalho.
Huntington - No meu livro, cito imigrantes e observadores europeus do século 19 que dizem que os EUA são uma terra de trabalho, e que o indivíduo se define por seu trabalho. Creio que isso continue a ser assim.

Pergunta - É possível que os anglo-protestantes não queiram compartilhar o credo americano e que por isso excluam os demais?
Huntington - É certo que, no passado, nos dedicamos a excluir outros povos. Agrada-nos pensar no país como uma nação de imigrantes, mas, na verdade, fomos muitas vezes hostis para com os imigrantes. Houve muita segregação, discriminação e hostilidade para com os irlandeses que aqui chegaram na metade do século 19. Também havia muita hostilidade para com os italianos e os poloneses e judeus que chegaram antes da Primeira Guerra.Hoje em dia, os hispânicos não enfrentam nada parecido com a hostilidade que outros imigrantes tiveram de encarar, porque a sociedade americana agora é muito mais insistente quanto à tolerância, e existe uma grande ênfase no multiculturalismo. Há um sentimento, muitas vezes expresso pelos intelectuais, de que tentar americanizar os imigrantes é incorreto. Trata-se de um fenômeno muito novo.

Pergunta - O sr. crê que a expansão da religião evangélica entre as comunidades hispânicas as ajude a assimilar esses princípios?
Huntington - Sim, creio que a expansão do cristianismo evangélico entre os hispânicos seja um fenômeno fascinante. Também está acontecendo na Américas Latina. Isso poderia ser um fator importante para a sua assimilação. Gostaria de destacar, ainda assim, que a maioria dos católicos americanos assimilou a cultura anglo-protestante. Não é preciso ser cristão evangélico para isso.

Pergunta - Que opinião o sr. tem sobre a idéia de que os EUA precisam de uma ameaça interna ou externa para que se sintam um país unido, e que, quando ela não existe, tratam de inventá-la?
Huntington - Creio que as guerras e os inimigos externos desempenharam papel fundamental no desenvolvimento das identidades nacionais de todos os países. Portanto, certamente se aplica aos EUA. A Guerra Civil (1861-65) foi na verdade o conflito que fez de nós uma nação; antes pensávamos no país como uma simples união entre Estados diferentes.A Guerra Civil trouxe consigo o que eu classifico como "o século do nacionalismo norte-americano", que durou até os anos 60. Então, por diversas razões, passou a ser conferida maior importância às identidades subnacionais, étnicas, raciais, culturais, sexuais, e a identidade nacional perdeu seu significado fundamental.O final da Guerra Fria influenciou esse fenômeno, porque, nos anos 50 e 60, nos definíamos como líderes do mundo livre diante da URSS e do comunismo ateu. Agora, depois do 11 de Setembro, enfrentamos um novo inimigo, representado pelo islamismo militante. Isso nos devolveu o sentimento de uma identidade nacional americana.

Pergunta - O sr. diria que a comunidade hispânica representa uma ameaça interna e que o terrorismo islâmico é uma ameaça externa?
Huntington - Os militantes islâmicos querem destruir os EUA. Isso é completamente diferente do processo pacífico de imigração hispânica para os EUA.

Pergunta - Então, qual é a ameaça da imigração hispânica?
Huntington - Não considero que a ameaça hispânica seja ameaça em sentido real. O que digo é que, caso as tendências atuais se mantenham, teremos cada vez mais um país de dois idiomas e duas culturas. A cada dia vemos mais provas do aumento do uso de espanhol em nossa sociedade, e em muitos casos ele se converteu em idioma equiparado ao inglês.Trata-se de uma mudança importante na identidade nacional norte-americana. Uma mudança para melhor ou para pior? Difícil saber. Mas podemos pressupor que a diferença será grande, e nos tornaremos mais parecidos com Canadá, Bélgica, ou Suíça, países onde há dois ou mais idiomas e duas ou mais culturas.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Base e Superestrutura


Base e Superestrutura são dois conceitos fundamentais, na opinião de Karl Marx, sobre a maneira como sociedades são organizadas em torno da produção material. A base é o Modo de Produção, a maneira básica como a sociedade organiza a produção de bens. O sistema produtivo é tão importante na visão marxista de vida social que os que dominam o sistema econômico são considerados também como dominando outros aspectos da vida social, à sua imagem e interesse. As mais importantes dessas áreas de dominação são a superestrutura da sociedade, do estado e das instituições, tais como escolas, organizações religiosas e os meios de comunicação de massa, que desempenham um papel vital na criação da consciência coletiva. Isso é feito através de crenças, valores, normas e atitudes que, juntos, proporcionam a matéria-prima para a construção e interpretação da realidade social.

Como acontece com um edifício, a superestrutura repousa sobre a base e tem que refletir sua forma. A natureza do Estado e as maneiras gerais de pensar diferirão em sociedades feudais e capitalistas industriais, por exemplo, porque as relações diferem e são dominadas de formas diferentes por classes de indivíduos com conjuntos próprios de interesses. Os grupos dominantes nas sociedades feudais dependiam em parte da força da tradição e da crença religiosa para sustentar e justificar seu poder e privilégio. Em contraste, a dominância dos capitalistas industriais baseia-se mais na autoridade racional-legal, no controle sobre instituições do Estado e, acima de tudo, na propriedade dos meios de produção. Como tal, o Estado é muito mais desenvolvido e complexo nas sociedades capitalistas industriais e as maneiras gerais de pensar são também muito mais organizadas em torno da racionalidade, da legalidade, e das relações contratuais.

Marx argumentava que é impossível compreender inteiramente os aspectos superestrurais das sociedades sem levar em conta a respectiva base. Isso não implica dizer, no entanto, que a base causa ou determina a superestrutura de uma maneira direta, linear. A superestrutura é moldada por forças não-econômicas e afeta também a base. Em suma, a relação entre base e superestrutura é simultaneamente complexa e recíproca.

Infanta Margarita

O artista plástico espanhol Manolo Valdés (1942-Valencia) faz a releitura de trabalhos de outros artistas e assina esculturas como estas que reproduzem a figura da infanta Margarida Teresa, a protagonista do quadro AS MENINAS de Velázquez, que se tornou a Imperatriz Margarida da Áustria ao seu casar com o tio, rei Leopoldo I da Áustria.O artista atualmente reside em Nova Iorque.




Ética Protestante

Norman Rockwell - Thanksgiving

Norman Rockwell - Family Grace



A ética protestante é uma ética religiosa que enfatiza comportamento rigorosamente controlado, planejamento metódico e trabalho árduo, abnegação, dedicação à vocação e ao sucesso. Ao tentar explicar o contexto cultural no qual se desenvolveu o Capitalismo, Max Weber argumentou que a Reforma protestante na Europa produziu uma ética que facilitou e deu respaldo às tendências básicas do capitalismo, em especial às que se relacionavam com os investimentos e à acumulação de riqueza. Ao rejeitar a Igreja e seus ritos como meios seguros de salvação, o protestantismo confiou, em vez deles, na autonomia e na responsabilidade individuais que, por seu lado, geraram grande ansiedade e a necessidade de reafirmação de que a salvação pessoal estava garantida. A resposta protestante a essa ansiedade foi promover uma coerência ética e um estilo de vida que ajudaram a criar um ambiente cultural que legitimava e promovia todos os tipos de práticas e valores que permitiam ao capitalismo florescer.

Por várias razões técnicas, têm sido numerosas as críticas à tese de Weber (tal como se o catolicismo também fornecia ou não algum apoio cultural à prática capitalista). Talvez sua contribuição mais duradoura, contudo, regida simplesmente de que certos aspectos da cultura afetam de forma profunda a estrutura dos sistemas sociais. Esse tese choca-se de frente com a opinião marxista de que o Modo de Produção é que molda a cultura, e não o inverso.

Malhação

Peito/Braços
Supino com halteres
Cruxifixo com halteres
Flexão
Rosca Biceps
Triceps no Banco

Ombros/Costas
Elevação lateral alternada
Elevação lateral simultanea
Remada alternada
Desenvolvimento Ombros

Pernas/Abdomen
Agachamento
Agachamento de uma perna
Avanço
Gluteos
Elevação deitado com peso

Ergometria
30/40minutos diários de bicicleta

Tendência à Delinquência


Da maneira desenvolvida pelos sociólogos David Matza e Gresham Sykes, a tendência delinqüente é o processo através do qual jovens racionalizam o comportamento delinqüente e, por conseguinte, podem dele participar sem pensar que estão fazendo alguma coisa de errado. De modo geral, a tendência para a delinqüência ocorre quando jovens definem as leis como injustas ou como pouco se aplicando eles, e se dissociam das conseqüências de seu comportamento. Tipicamente, isso inclui convicções de que a polícia e outras figuras de autoridade são corruptas, que ninguém é realmente prejudicado por comportamento desviante (como quando um ônibus é incendiado por vândalos), que as vítimas merecem o que recebem, e que delinqüência é praticada por uma boa razão ou resulta de acidente ou do comportamento dos outros. Em todos esses casos, o elo entre o transgressor e outras pessoas e sistemas sociais e suas normas é enfraquecido e justificado com um conjunto complexo de racionalizações.

Cultura da Pobreza

Foto: Baile Funk em favela



Cultura da pobreza é uma teoria formulada pelo antropólogo Oscar Lewis em seus estudos de comunidades de Porto Rico e do México. Lewis identificou o que acreditava ser um fator importante na perpetuação da pobreza. Independentemente do que tenha originado padrões de desigualdade e pobreza na sociedade, argumentou Lewis, uma vez sejam eles estabelecidos, a vida de pobreza tende a gerar idéias culturais que promovem comportamentos e pontos de vista que a perpetuam. Os pobres podem perder a ambição de melhorar de vida, adotando a crença fatalista de que trabalho pesado e ambição em nada melhorará sua existência. Assim, essa cultura é transmitida de uma geração à outra. Em um sentido, Lewis sugeriu que à medida que indivíduos se adaptam às circunstâncias da pobreza, eles tendem a desenvolver uma cultura compatível com ela e que por isso a sustentam. Esse fato ajudaria a explicar não só padrões de pobreza em sociedades , mas também a incapacidade de países do Terceiro Mundo de se desenvolverem também economicamente.


Embora Lewis tivesse o cuidado de observar que não acreditava que o conceito se aplicava além dos tipos de sociedade que estudava quando o desenvolveu, isso não impediu sua ampla aplicação à pobreza encontrada em sociedades industriais, tais como a dos Estados Unidos (em relação aos afro-americanos e latinos), da França (árabes) entre outros membros da subclasse urbana de outros países, cada vez mais numerosa. Tem havido grande debate, contudo, não só sobre essa teoria, mas se o conceito aplica-se ou não a qualquer sociedade e se seu efeito principal é ou não culpar injustamente as vítimas da pobreza pela situação em que vivem.