domingo, 20 de maio de 2012

Sociedade de Consumo ignora Melancolia



Neste momento a sociedade reúne todo um arsenal médico-terapêutico-psicológico-farmacêutico para extirpar o mal que atormenta milhares de almas: a melancolia. O professor de literatura inglesa da Wake Forest University Erik Wilson vê na obsessão pela busca da felicidade na atual sociedade de consumo como uma desconsideração medrosa do valor da tristeza: a agitação da alma que se transforma no impulso vital de toda cultura próspera. Se o Prozac existisse desde séculos atrás, certamente não veríamos hoje muitas obras primas nos campos da literatura, pintura e ciências. Esse é o tema do recente livro de Wilson “Against Happiness: in praise of melancholy”<--break->
Na última postagem discutíamos a possibilidade da existência de um efeito político na banalização de antidepressivos: a criação de um novo conservadorismo decorrente de um efeito colateral do consumo banalizado desses medicamentos, o chamado “efeito zumbi”. Tal efeito poderia ser descrito como um mix de euforia, apatia e perda de senso crítico. Em síntese, embotamento e uma visão “suavizada” ou abrandada dos fatos da vida (sejam políticos ou pessoais).
Oportunamente li o livro “Against Happiness: in praise of melancholy” (“Contra a Felicidade: em defesa da melancolia”) do professor de literatura inglesa da Universidade Wake Forest da Carolina no Norte – EUA, Erik Wilson. O autor é bem conhecido por esse blog a partir do seu livro “Secret Cinema: gnostic vision in film” onde ele descreve as conexões entre as narrativas míticas do gnosticismo clássico e a produção cinematográfica hollywoodiana atual.
Profundo conhecedor do gnosticismo na literatura romântica dos séculos XVIII e XIX, Wilson nos oferece uma abordagem sobre a melancolia como uma força vital de qualquer cultura próspera, literatura, pintura, música, inovação, ou seja, a força que subjaz a toda ideia original. O problema é que a nossa cultura, baseada no vício da busca a todo custo da felicidade, alimenta uma desconsideração medrosa do valor da tristeza. Neste exato momento, toda a cultura midiática e indústria farmacêutica empreendem uma verdadeira repressão da melancolia, da tristeza e demais agitações da alma para expulsá-las do sistema como fossem meramente lamentos de um paciente neurótico.
Francisco de Goya, Emily Dickinson, Marcel Proust e Abraham Lincoln, todos eles eram melancólicos confirmados. Para Wilson, se em suas épocas existisse Prozac jamais a história humana contaria com suas obras-primas.
Para o autor, depressão e melancolia são duas formas de tristeza separadas por uma tênue fronteira:Wilson evita cair no romântico elogio da loucura. Ele distingue a depressão clínica (“muitas almas perdidas requerem medicação para não matarem-se ou para não causar dano aos seus entes queridos”) da melancolia. Porém, há toda uma cultura que leva um melancólico a tomar antidepressivos para que a sua carranca possa se transformar no sorridente rosto afável, agradável e conformado com a realidade.
“Uma linha muito delgada separa o que eu chamo de melancolia e o que a sociedade chama de depresssão. Para mim, o que as separa é o grau de atividade. Ambas são formas de tristeza mais ou menos crônica que conduz a um incomodo duradouro com o estado de coisas, sentimentos persistentes de que, tal como está, o mundo não está bem e é um lugar de sofrimento, estupidez e mal. Frente a esse incomodo, a depressão causa apatia, uma letargia que se aproxima da paralisia (...). Pelo contrário, a melancolia gera uma relação com a mesma ansiedade um sentimento profundo, uma turbulência no coração que desemboca no questionamento ativo do presente, um desejo perpétuo por criar novas formas de ser e de ver” (WILSON, Erik. Against Happiness, New York: Sarah Crichton Books, 2008,p. 8.).
Sabendo que o autor é um grande conhecedor das narrativas míticas do Gnosticismo clássico, não é por acaso que encontramos na sua abordagem sobre a melancolia ecos do pensamento do pensador gnóstico Mani (viveu no Irã no século III DC e sua região floresceu por séculos tornando-se a principal fonte de transmissão da tradição gnóstica). Para Mani, a melancolia era, por assim dizer, um estado alterado de consciência que propiciaria a gnose. Mani propunha uma melancolia ativa a partir de um desdém de tudo ao redor, principalmente das formas de consolação como o Cristianismo e o hedonismo.
Melancolia e “Polaridade Vital”
O livro “Contra a Felicidade” parte de dois pressupostos. Primeiro, a mídia nos passa duas mensagens contraditórias: de um lado, nos informa diariamente que o mundo está à beira do abismo (ameaças ecológicas, apocalipse climático, perigo nuclear, violência etc.) e, ao mesmo tempo, nos diz que temos que ser felizes. Wilson aponta para uma pesquisa realizada pela Pew Research Center onde os números indicam que 85% dos norte-americanos são muito felizes ou, pelo menos, felizes. Como pode haver tanta gente feliz com a enorme quantidade de problemas que aflige o planeta?
Está claro que o tipo de felicidade que está sendo incentivada é a da feliz adaptação: indivíduos suaves e embotados em sua capacidade crítica e de indignação.
O segundo pressuposto é simples e direto: quem disse que devemos ser felizes? Em qual passagem da Bíblia ou da Constituição se diz isso? A questão é que o tipo de felicidade promovida pela nossa cultura alimenta uma ignorância sobre uma “polaridade vital” entre agonia e êxtase, abatimento e efervecência. O que Wilson entende por “polaridade vital” é mais um eco do pensamento gnóstico de Mani: o cosmos é uma atribulada dança de opostos – Bem e Mal, Euforia e Tristeza, gozo e melancolia e assim por diante.
É o chamado “pensamento maniqueísta” do gnosticismo clássico: a dinâmica do cosmos é comandada pela luta entre o Bem e o Mal, “opostos” que jamais chegarão a uma síntese dialética, mas que, na verdade, constituem em duas entidades reversíveis que resultam em um único movimento. Uma entidade ao mesmo tempo tensa e complementar. Polaridades que, simultaneamente, manifestam-se como entidades reversíveis que criam a tensão vital que dá o vir-a-ser do cosmos.
Wilson nos dá dois exemplos de manifestação dessa polaridade vital: o nascimento e a morte. Ao testemunharmos o nascimento de uma criança nosso rosto sorridente é banhado por lágrimas. Ao mesmo tempo em que celebramos o estalo de uma vida nova, também é um lamento da trágica queda do recém-nascido na dor desse mundo. Somos invadidos por esses sentimentos contraditórios e, dessa maneira, nos damos conta de que os momentos mais intensos da vida são onde melancolia e gozo e euforia e tristeza juntos produzem a “valsa sobressaltada do cosmos”.

O universo congrega supreendentes antinomias. Ao apreendermos essa polaridade cósmica, sentimos o atrito desses sentimentos paradoxalmente opostos e encontramos a paz e a graça: de que nossas agitadas unidades estão em perfeita sincronia com o caótico todo.Em um funeral também sentimos uma estranha mescla de medo e esperança, tristeza e alegria. Todos estão tristes ao testemunhar mais um que está pronto para regressar à terra fria. Porém, recordamos que estamos vivos e nos alegramos por essa boa sorte. Não é à toa que os funerais negros de New Orleans são acompanhados por bandas de jazz que alegremente tocam acompanhando o velório (o “jazz funeral” cujas origens estão em práticas espirituais africanas e nas tradições marciais francesas e espanholas).


quarta-feira, 9 de maio de 2012

Noblesse Oblige

Ultimamente tem-se observado um número cada vez mais crescente de homens usando os mais diversos estilos de barba. As pessoas parecem estar se rendendo a uma tendência das personalidades do cinema, da música e das artes em geral. Embora a barba continue sendo mal vista nas profissões mais ordinárias do mercado corporativo de empregos, a ponto de ser veladamente proibida por instituições como Bradesco e Itaú. Tradicionalmente associada a nobres, reis e imperadores, o cultivo da barba passou a ser estupidamente menosprezado no Brasil pela oposição ao governo do Presidente Lula da Silva já que além do próprio, vários ministros e assessores a adotavam.

A barba desenha e harmoniza certos tipos de rosto, define as linhas faciais e corrige a papada. Deve estar sempre aparada para não dar a impressão de desleixo.

Há vários estilos de barba. A barba rala de três dias exala testosterona, é considerada altamanente sexy. Já as mais densas conferem maturidade, conteúdo e densidade à personalidade, dando um ar aristocrático e uma leve displicência blasé. Noblesse Oblige.


















terça-feira, 8 de maio de 2012

Curiosidades sobre o nosso corpo



1. Se você estiver com a garganta doendo, aperte seu ouvido:
 Pressionando os nervos do ouvido, ele vai gerar um reflexo imediato nos espasmos da garganta e alivia o desconforto

2. Para ouvir melhor utilize apenas um lado da orelha:
 Se você está em um clube e não ouvir bem o que as pessoas estão dizendo, vire a cabeça e use apenas a orelha direita, uma vez que ela distingue melhor as conversações, enquanto a esquerda identifica músicas de som.

3. Para resistir à tentação de ir ao banheiro pense em sexo:
 Quando não resistir à vontade de urinar e não tiver um banheiro por perto, pense em sexo. Isso vai entreter o seu cérebro e reduzirá o estresse.

4. Provoque tosses para reduzir a dor:
 Um grupo de cientistas alemães descobriram que quando você espirra, aumenta a pressão no peito e coluna vertebral, inibindo, assim, dores na coluna.

5. Se você estiver com o nariz entupido:
 Pressione o céu da boca e o nariz. Toque o céu da boca firmemente com um dedo, segurando o nariz abaixo das sobrancelhas. Isso permitirá que as secreções possam se mover e você volta a respirar.

6. Quando você tiver com azia, durma sobre seu lado esquerdo:
 Isto cria um ângulo entre o estômago e do esófago, de modo que o ácido não pode passar para a garganta.

7. Quando um dente dói esfregue um cubo de gelo em sua mão:
 Você deve passar um pedaço de gelo na área, em um "v" que tem entre o polegar e o dedo indicador contra a palma da mão. Isto reduz em 50% a dor, pois este setor está ligado aos receptores da dor da face.

8. Quando você se queimar, pressione o ferimento com um dedo:
 Após a limpeza da área afetada, pressione com a mão sobre a queimadura, assim ela retornará a temperatura inicial e evitará bolhas. (Para pequenas queimaduras, apenas)

9. Quando você estiver bêbado:
 Repouse a mão sobre uma mesa ou superfície estável. Se você fizer isso, seu cérebro vai recuperar o sentido de equilíbrio e evitará que tudo gire ao seu redor.

10. Ao correr, respire quando o pé esquerdo pisar o chão.
 Isto irá prevenir sentimento de comichão no peito, porque se você respirar quando você coloca o pé direito, fará pressão no fígado.

11. Se sangrar o nariz, empurre com o dedo:
 Se você deitar com o sangue escorrendo poderá se sufocar, por isso é melhor pressionar o dedo sobre o lado do nariz quando você tiver sangramento.

12. Para controlar o batimento cardíaco quando você está nervoso
 Coloque o polegar na boca e assopre, isso irá ajudar seu coração parar de bater tão rápido a partir da respiração.

13. Para aliviar uma dor de cabeça quando você bebe água gelada:
 Quando você beber algo congelado, resfria o paladar e o cérebro interpreta. Então você deve colocar a língua no céu da boca para retornar à temperatura normal.

14. Previna a falta de visão quando você está na frente do PC:
 Quando você coloca seus olhos em um objeto próximo, como um computador, a vista fica cansada e não consegue enxergar direito. Por isso, feche os olhos, contraia o corpo e prenda a respiração por um momento. Então, relaxe. Remédio santo.

15. Desperte suas mãos e pés adormecidos movendo sua cabeça:
 Quando você dorme, um braço ou uma mão, gire a cabeça de um lado para o outro e sentirás a dormência passar dentro de 1 minuto. Os membros superiores adormecem pela pressão sobre o pescoço. Igualmente para pernas e pés, leva alguns segundos.

16. Uma maneira fácil de prender a respiração debaixo d'água:
 Antes de mergulhar, fazer respirações muitos rápidos e fortes para fazer o sangue ácido desaparecer, pois isso é que causa a falta de ar.

17. Memorize textos à noite:
 Tudo o que você ler antes de dormir, o mais fácil de lembrar ...