quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Fat, Sick & Nearly Dead



(Austrália, 2010, 97min - Direção: Joe Cross e Kurt Engfehr)
Já ouviu falar em "Juice Fast"?
Pois então acompanhe a jornada de Joe Cross, um obeso, dependente de uma infinidade de "remédios", que decide mudar radicalmente sua alimentação durante 60 dias.
Baseada somente em sucos verdes, a dieta, além de altamente nutritiva, faz com que se perca peso rapidamente ao mesmo tempo que problemas como pressão alta, colesterol, diabetes e outras doenças relacionadas ao estilo de vida "fast-food" desapareçam sem ajuda de medicamentos.
O segredo é basicamente o mesmo do já exposto em outros documentários aqui elencados: Comida vegetariana, crua e orgânica.Se isso tudo lhe soa como anúncio de pílulas milagrosas em programas de TV charlatões, veja esse documentário e mude radicalmente sua vida. 
Download Torrent (Atualizado!)

The Urban Homestead


Documentário: The Urban Homestead (2009)

Quando um hippie começa a transformar seu jardim, sua grama em horta, descobre coisas muito mais profundas do que apenas colher uma verdura. Compostagem, energia solar, transporte alternativo e muitas outras formas de vida de baixo impacto ambiental tornam-se o estilo de vida dele.
Com um terreno um pouco maior, sua família consegue vender o excedente, e com a renda, pode comprar o que precisa para sua vida, livrando-se do trabalho urbano que escraviza a humanidade.
Documentário inspirador que pode transformar radicalmente a sua maneira de ver a vida e de consumir alimentos.

O Veneno esta na Mesa


(Brasil, 2011, 50 min. - Direção: Silvio Tendler)
Imperdível! Filme de um dos maiores documentaristas do Brasil, o premiadíssimo Silvio Tendler, que mostra o cenário assustador que se encontra o país em relação ao uso indiscriminado de agrotóxicos.
Você sabia que o Brasil é o país que mais pulveriza agrotóxicos nos alimentos? Que é o recordista em consumo desses químicos?Que um brasileiro consome em média 5,2 litros de agrotóxicos anuais?Que os agrotóxicos provocam uma série de problemas de saúde, desde lapso de memória em crianças até má formação dos fetos?Que apesar do Governo tentar proibir uso de muitos químicos, a justiça concede liminares a favor das grandes corporações químicas?Que para conseguir crédito junto aos bancos o pequeno trabalhador é obrigado a usar transgênicos e pesticidas? Que as doenças provocadas por esses químicos nos trabalhadores do campo consomem 1,8% do PIB em tratamentos médicos?
Se não sabia, talvez seja a hora de saber disso e muitas outras coisas mais.

Ruas Sustentáveis de Nova York

Comemorando o Fórum "Cidades, Bicicletas e o Futuro da Mobilidade", que ocorreu no dia 12 de julho e teve entre os palestrantes o músico David Byrne e o sociólogo Eduardo Vasconcellos, Postamos esse singelo vídeo de Sergio Abranches, que foi citado no Fórum.
Sérgio Abranches é sociólogo e PhD em ciência política pela Universidade Cornell, em Nova York. É professor visitante do Instituto Coppead de Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atua também como diretor e colunista do site de jornalismo ligado ao meio ambiente O Eco e como comentarista do boletim Ecopolítica da rádio CBN.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Escombros e Caprichos

Domingo, comprei esse livro na Bienal e estou adorando.
Escombros e Caprichos – O Melhor do Conto Alemão no Século 20 (tradução de Marcelo Backes; L± 400 páginas) – De escritores que já ganharam o estatuto de clássicos, como Thomas Mann, a autores da nova geração até agora inéditos no Brasil, como Karen Duve (nascida em 1961), essa coletânea, organizada pelo crítico e professor Rolf Renner, da Universidade de Freiburg, é um amplo painel da prosa em língua alemã do século passado. São 54 autores já célebres no Brasil, como Heinrich Mann, Thomas Mann, Franz Kafka, Robert Musil, Bertholt Brecht, Stefan Zweig, Günter Grass e Thomas Bernhard, cujos contos aparecem organizados em nove seções cronológicas e temáticas – a última delas, dedicada à literatura feminina, inclui Paula, conto da austríaca Elfriede Jelinek, ganhadora do prêmio Nobel de 2004.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Roberto Civita - o Murdoch Brasileiro


O Grupo Abriu chegou a um ponto sem retorno. Em plena efervescência do caso Murdoch, com o fim da blindagem para práticas criminosas por parte da grande mídia no mundo todo, com toda opinião esclarecida discutindo os limites para a ação dá mídia, ela dá seu passo mais atrevido, com a tentativa de invasão do apartamento de José Dirceu e o uso de imagens dos vídeos supostamente do hotel, protegidas pelo sigilo legal.

Até agora, nenhum outro veículo da mídia repercutiu nenhuma das notícias: a da tentativa de invasão do apartamento de Dirceu, por ficar caracterizado o uso de táticas criminosas murdochianas no Brasil; e a matéria em si, um cozidão mal-ajambrado, uma sequência de ilações sem jornalismo no meio.

Veja hoje é uma ameaça direta ao jornalismo da Folha, Estadão, Globo, aos membros da Associação Nacional dos Jornais, a todo o segmento da velha mídia, por ter atropelado todos os limites. Sua ação lançou a mancha da criminalização para toda a mídia.

Quando Sidney Basile me procurou em 2008, com uma proposta de paz – que recusei – lá pelas tantas indaguei dele o que explicaria a maluquice da revista. Basile disse que as pessoas que assumiam a direção da revista de repente vestiam uma máscara de Veja que não tiravam nem para dormir.Recusei o acordo proposto. Em parte porque não me era assegurado o direito de resposta dos ataques que sofri; em parte porque – mostrei para ele – como explicaria aos leitores e amigos do Blog a redução das críticas ao esgoto que jorrava da revista. Basile respondeu quase em desespero: “Mas você não está percebendo que estamos querendo mudar”. Disse-lhe que não duvidava de suas boas intenções, mas da capacidade da revista de sair do lamaçal em que se meteu
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Não mudou. Esses processos de deterioração editorial dificilmente são reversíveis. Parece que todo o organismo desaprende regras básicas de jornalismo. Às vezes me pergunto se o atilado Roberto Civita, dos tempos da Realidade ou dos primeiros tempos de Veja, foi acometido de algum processo mental que lhe turvou a capacidade de discernimento.

Tempos atrás participei de um seminário promovido por uma fundação alemã. Na mesa, comigo, o grande Paulo Totti, que foi chefe de reportagem da Veja, meu chefe quando era repórter da revista. Em sua apresentação, Totti disse que nos anos 1970 a revista podia ser objeto de muitas críticas, dos enfoques das matérias aos textos. “Mas nunca fomos acusados de mentir”.

Definitivamente não sei o que se passa na cabeça de Roberto Civita e do Conselho Editorial da revista. Semana após semana ela se desmoraliza junto aos segmentos de opinião pública que contam, mesmo aqueles que estão do mesmo lado político da publicação. Pode contentar um tipo de leitor classe média pouco informado, que se move pelo efeito manada, não os que efetivamente contam. Mas com o tempo tende a envergonhar os próprios aliados.Confesso que poucas vezes na história da mídia houve um processo tão clamoroso de marcha da insensatez, como o que acometeu a revista.


De Luís Nassif, ex-diretor da Abril