domingo, 30 de novembro de 2008

Vida Corporativa


Cola para você se sair bem na análise de desempenho da empresa:

- "Eu usei o meu empowerment para criar um novo paradigma"
- "Participei de equipes interfuncionais para a melhoria da qualidade"
- "Estive focalizado no cliente e voltado para o mercado"
- "Proativamente encontrei a excelência em meio ao caos"
- "Apliquei a reengenharia nos meus processos básicos e abracei as mudanças"

Use essas respostas a vontade, independente do contexto das perguntas. No fundo não vai fazer nenhuma diferença e não se importe se as respostas irão fazer sentido, afinal as perguntas também não fazem.

Danos Morais é Heresia Jurídica

TJ/SC diz que reparar danos morais com dinheiro é "heresia jurídica".

Reparar danos morais exclusivamente sob o aspecto financeiro constitui-se em uma "heresia jurídica". A partir deste fundamento, o Desembargador Monteiro Rocha, da 2ª Câmara de Direito Civil do Tribunal de Justiça, julgou procedente apelação interposta pela empresa Randon Implementos e Sistemas Automativos e determinou a redução do valor de indenização por danos morais devida ao consumidor Guiomar Carlos Guilow de R$ 66 mil para R$ 5 mil. Cliente da empresa, Guilow teve seu nome inscrito no Serasa mesmo após ter quitado prestação de R$ 1,3 mil. Ingressou com ação de indenização por danos morais e obteve sucesso junto à Comarca de Jaraguá do Sul, onde ganhou direito a indenização no valor de R$ 66 mil - cinquenta vezes o total do valor protestado. As partes recorreram ao TJ, com pleitos antagônicos: empresa querendo a redução e consumidor querendo a majoração do valor indenizatório.

Com base em ensinamentos doutrinários colhidos, o Desembargador entende que a justiça brasileira se equivoca, na maioria dos casos, ao reparar danos morais através de contrapartida financeira, uma vez que a moral pertence ao campo da ética e, por isto, não pode ser transformada em dinheiro, que pertence ao campo da lógica. Ele defende a reparação dos danos morais por meios exclusivamente morais. "O dano moral não é para reparar a dor da vítima? Ou é para punir pecuniariamente o autor? Para casos de punição existe o Código Penal. Parece que se quer criar uma nova pena pecuniária para pessoas físicas e jurídicas, sem previsão legal, ao arbítrio do julgador", anota o magistrado em seu acórdão, parafraseando o doutrinador Ademir Buitoni, de quem acompanha o raciocínio.

sábado, 29 de novembro de 2008

Sociopatia das Corporações


O livro The Corporation, do professor de Direito Joel Bakan é uma defesa - muito boa da idéia de que corporações são o equivalente jurídico de psicopatas: criaturas programadas para defender a própria sobrevivência e a satisfação de suas necessidades imediatas, e dane-se o resto.

Diferente de psicopatas, diz o argumento, pessoas saudáveis têm a consciência de que seres humanos merecem dignidade e respeito, e portanto as ditas pessoas saudáveis sabem que é preciso ceder de vez em quando, ou abrir mão de uma vantagem que, mesmo sendo legal, poderia causar sofrimento ao próximo.

Pessos normais também são capazes de dizer "isso é errado", em vez de simplesmente calcular qual a probabilidade de serem pegas com a boca na botija.

Já empresas são construídas de modo a não ter escrúpulos além do cálculo de dividendos. Isso não é culpa delas, da mesma forma que uma aranha não é culpada por lançar ácidos digestivos sobre uma mosca ainda viva: só acontece que elas são projetadas desse jeito.

Resistência ao Capitalismo

Britânico tenta viver um ano sem gastar ou receber dinheiro
Economista diz estar cansado do 'destrutivo' sistema capitalista.
- Um economista britânico começou neste sábado um experimento social para tentar passar um ano sem gastar ou ganhar dinheiro. Mark Boley, de 29 anos, faz parte de uma espécie de movimento conhecido na Grã-Bretanha como "Freeconomist" (economista livre, em tradução literal). Durante os próximos doze meses, ele pretende morar em um trailer emprestado em uma floresta nas proximidades da cidade de Bristol, no oeste da Inglaterra. O trailer é equipado com um painel solar e um fogão à lenha e o banheiro será um buraco no chão. "Quero ver como é a vida sem ganhar dinheiro na civilização ocidental", diz Boley, que diz estar cansado do "destrutivo sistema capitalista" e acredita que pode fornecer seu conhecimento para conseguir o que precisar sem receber dinheiro em troca.
Para garantir a alimentação, Boley vai depender da comida que conseguir encontrar ou plantar, além de doações. "Tenho me preparado bastante nos últimos dois meses, mas o desafio vai ser em relação às coisas para as quais não posso planejar - um braço quebrado, exaustão ou, no pior dos casos, luto na família", disse o britânico. Boley já tentou fazer um outro experimento, de andar até a Índia sem gastar dinheiro, mas a tentativa terminou em Calais, na França, onde não conseguiu explicar o projeto no idioma do país e teve de voltar para Bristol.
BBC Brasil -

Bouganvillea - Do Rio para o Mundo






Bougainvillea é um gênero botânico da família Nyctaginaceae, de espécies geralmente designadas como buganvílias. Essas angiospermas receberam vários nomes populares como "Primavera", "Três-marias", "Sempre-lustrosa", "Santa-rita", "Ceboleiro", "Roseiro", "Roseta", "Pataguinha", "Pau-de-roseira" e "Flor-de-papel".

A buganvilea foi descoberta em 1768 pelo naturalista francês Dr. Philibert Commerson na orla próxima à Cabo Frio, litoral do Rio de Janeiro. No entanto o naturalista francês batizou a planta em homenagem ao almirante da Marinha Francesa Louis-Antoine de Bougainville, que comandava o navio La Bodeuse em sua viagem ao redor do mundo entre 1766-1769, onde o Dr Commerson vazia parte da expedição.

Devido às suas notáveis caracteristicas ornamentais, tornou-se popular em várias regiões do planeta, da Califórnia ao Sudoeste Asiático e Taiti, e principalmente na região do mediterrâneo europeu (Grécia, Itália, Espanha etc).
Bouganvillea, bouganvilea, buganvilea, buganvilia, primavera


terça-feira, 18 de novembro de 2008

Anti-Cotas

Enquanto o povão vai pro baile balançar a bunda para depois clamar por COTAS...


... os orientais estudam e passam entre os primeiros lugares nos vestibulares.
BRASILEIROS: UM POVO DE MUITOS DIREITOS HUMANOS..
E NENHUM DEVER.

Millor Fernandes - Os palavrões


Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo fazendo sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que vingará plenamente um dia.

"Pra caralho", por exemplo. Qual expressão traduz melhor a idéia de muita quantidade do que "Pra caralho"? "Pra caralho" tende ao infinito, é quase uma expressão matemática. A Via-Láctea tem estrelas pra caralho, o Sol é quente pra caralho, o universo é antigo pra caralho, eu gosto de cerveja pra caralho, entende?

No gênero do "Pra caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso "Nem fodendo!". O "Não, não e não!" e tampouco o nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade "Não, absolutamente não!" o substituem. O "Nem fodendo" é irretorquível, e liquida o assunto. Te libera, com a consciência tranqüila, para outras atividades de maior interesse em sua vida. Aquele filho pentelho de 17 anos te atormenta pedindo o carro pra ir surfar em Saquarema ? Não perca tempo nem paciência. Solte logo um definitivo "Marquinhos, presta atenção, filho querido, NEM FODENDO!". O impertinente se manca na hora e vai pro Shopping se encontrar com a turma numa boa e você fecha os olhos e volta a curtir o CD do Lupicínio.

Por sua vez, o "porra nenhuma!" atendeu tão plenamente as situações onde nosso ego exigia não só a definição de uma negação, mas também o justo escárnio contra descarados blefes, que hoje é totalmente impossível imaginar que possamos viver sem ele em nosso cotidiano profissional. Como comentar a bravata daquele chefe idiota senão com um "é PhD porra nenhuma!", ou "ele redigiu aquele relatório sozinho porra nenhuma!". O "porra nenhuma", como vocês podem ver, nos provê sensações de incrível bem estar interior. É como se estivéssemos fazendo a tardia e justa denúncia pública de um canalha. São dessa mesma gênese os clássicos "aspone", "chepone", "repone" e, mais recentemente, o "prepone" - presidente de porra nenhuma.

Há outros palavrões igualmente clássicos. Pense na sonoridade de um "Puta-que-pariu!", ou seu correlato "Puta-que-o-pariu!", falados assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba...Diante de uma notícia irritante qualquer um "puta-que-o-pariu!" dito assim te coloca outra vez em seu eixo.
Seus neurônios têm o devido tempo e clima para se reorganizar e sacar a atitude que lhe permitirá dar um merecido troco ou o safar de maiores dores de cabeça.

E o que dizer de nosso famoso "vai tomar no cu!"? E sua maravilhosa e reforçadora derivação "vai tomar no olho do seu cu!". Você já imaginou o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: "Chega! Vai tomar no olho do seu cu!". Pronto, você retomou as rédeas de sua vida, sua auto-estima. Desabotoa a camisa e saia à rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.

E seria tremendamente injusto não registrar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu!". E sua derivação mais avassaladora ainda: Fodeu de vez!". Você conhece definição mais exata, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação? Expressão, inclusive, que uma vez proferida insere seu autor em todo um providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo assim como quando você está dirigindo bêbado, sem documentos do carro e sem carteira de habilitação e ouve uma sirene de polícia atrás de você mandando você parar: O que você fala? "Fodeu de vez!".

Sem contar que o nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de "foda-se!" que ela fala. Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!"? O "foda-se!" aumenta minha auto-estima, me torna uma pessoa melhor. Reorganiza as coisas. Me liberta. "Não quer sair comigo?

Então foda-se!". "Vai querer decidir essa merda sozinho(a) mesmo? Então foda-se!". O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituição Federal.

Liberdade, igualdade, fraternidade e foda-se.

Blasfêmias

Obra do artista-plático alemão Martin Kippenberger

Museu de Cêra Madame Tussaud's - Londres
Inri Cristi

Jesus - O primeiro Hippie

Série Os Apóstolos do cartunista André Dahmer






Eleições 26/10 = O que eu penso sobre eleições: